Somente no último mês de agosto, 1.661 km2 foram desmatados na Amazônia Legal (região que representa 59% do território nacional). Se analisados os 12 últimos meses, a destruição é de 10.782 Km2 (equivalente a quatro vezes o europeu Luxemburgo). Outro dado: o desmatamento, no Brasil, corresponde a 40% das emissões do país… Enfim, números existem em profusão, mas o que se faz com eles?
Para levar esta discussão adiante, a 4ª Conexão pelo Clima – evento que reúne ONGs, institutos, governos estaduais, empresas privadas e até o Reino Unido, de Charles III –, realizada durante todo o dia 9 último, colocou três questões como “motivacionais ao debate”. São elas: 1) Como a economia da floresta, a bioeconomia e as soluções baseadas na natureza podem gerar riqueza, empregos e desenvolvimento regional, ajudando a valorizar os ecossistemas e a reduzir as emissões?
2) Quais são as soluções baseadas na natureza e como estas podem transformar a economia atual, oferecendo alternativas mais limpas, seguras e até mais rentáveis?
3) Qual é o potencial dos produtos da bioeconomia e da economia florestal, e quais seus principais desafios, para escalar as iniciativas atuais e competir no mercado internacional?
“Não adianta focar somente em grandes propriedades rurais, porque é mais difícil trabalhar com os pequenos. Sem olhar pra eles não conseguiremos conter o desmatamento”, diz o engenheiro florestal Mariano Cenamo (da Idesam, organização sem fins lucrativos, criada há 17 anos em Manaus-AM), enfatizando: “Se não criarmos condições para substituir o desmatamento por uma economia sustentável, estaremos enxugando gelo”.
Ainda durante o painel “Destravando a Bioeconomia”, neste evento, Camille Bemerguy, secretária de Meio Ambiente do Pará, falou sobre a chamada vontade política para se resolver as questões relativas à Amazônia – particularmente o desmatamento –, classificando a bioeconomia como elemento-chave para tal. Segundo ela, 44% da população paraense hoje encontra-se abaixo da linha da pobreza. Os painéis, palestras e apresentações entremeadas à feira de produtos sustentáveis e rodadas de negócios, em São Paulo, abordaram outros assuntos como a cadeia de produção do cacau, a produção do café agroflorestal Apuí (que remunera mais o produtor que a pecuária, e de forma sustentável), o mercado de carbono e aquilo que Annie Groth (Biofílica Ambipar) designou como integridade ambiental. Conexão pelo Clima é iniciativa do CDP – entidade sem fins lucrativos, que tem um Conselho Técnico formada por 18 representantes de entidades como Abrasca, Anbima e Apimec, e uma rede ativa de quase 40 investidores que, somados, respondem por US$ 2,1 trilhões de ativos – e o instituto O Mundo que Queremos.
ROCK
A Suzano, que se define como parceira oficial de sustentabilidade do Rock in Rio, lembra que foram recolhidas 70 toneladas de resíduos recicláveis somente no primeiro fim de semana do evento.
ROCK 2
Entre os itens recicláveis foram identificados 40.607 kg de plástico e 20.215 kg de papelão. Foram ainda recuperados 7.668 kg de alumínio e 1.963 kg de vidro. Tal resultado equivale a 366,625 árvores poupadas e uma economia de 535,34 m³ de água, o que é equivalente a 3.965,5 banhos de 15 minutos; além de 367,9 MWh de energia, análoga ao consumo de 153,29 casas por ano.
ROCK 3
Na realidade houve uma força-tarefa pela sustentabilidade. Como nunca antes na história deste evento, a organização contratou cooperativas de catadores para a operação, que serão beneficiadas não só com a venda do material, mas também remuneradas pelo serviço ambiental prestado. A isto, deve-se somar a utilização da tecnologia blockchain fornecida pela parceria formada entre a Startup Reutiliza Já e a Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), garantindo a rastreabilidade dos resíduos.
ROCK 4
A Suzano encomendou pesquisa ao Datafolha, que ouviu maiores de 16 anos no Rock in Rio. Foi uma amostra de 404 pessoas (sendo 51% mulheres) e a margem de erro é de 5 pontos para mais ou para menos.
Na entrevista estruturada, 44% responderam que os principais responsáveis por cuidar da natureza e meio ambiente são os cidadãos; 25% entendem que é o governo; 6% atribuem às empresas; 5% às ONGs e 20% todos.
ROCK 5
Dos entrevistados, 80% desconhecem o que é ESG. Pelo apurado, 84% têm curso superior.
Quanto à faixa etária, 78% são jovens. Destes, 55% têm entre 25 e 34 anos e 23% entre 16 e 24 anos.
PACTO
Justiça climática, distribuição de água, equidade de gênero e racial, saúde mental, sistema alimentar, favelas, salário digno, finanças e medidas anticorrupção são temas que permearão os debates durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), entre os dias 13 e 27 deste mês, em Nova York.
NEUTRALIDADE
“Nossa intenção é aproveitar esse ambiente de neutralidade das Nações Unidas para mostrar ao mundo o que está sendo feito pela nossa rede e quais as soluções concretas que estamos propondo para o país”, destaca Carlo Pereira, CEO do Pacto Global para o Brasil.
Ao lembrar da convocatória às empresas para alinhar suas operações aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), Carlo Pereira diz que esta é uma maneira de “melhorar não só a imagem das nossas empresas, mas sobretudo a reputação do país no exterior”.
BLACKROCK
A BlackRock noticiou a aquisição de ações ordinárias do IRB Brasil, em nome de seus clientes. Desde o último dia seis, suas participações, de forma agregada, passaram a ser de 123.771.309 ações ordinárias, representando aproximadamente 5,015% do total de ações ordinárias emitidas pela companhia.
No mesmo comunicado, a BlackRock informou que o objetivo das participações societárias é “estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário ou da estrutura administrativa da companhia”.
IBOVESPA
Já vigora a nova carteira do índice Ibovespa B3, até o dia 30 próximo. A nova carteira tem a entrada das empresas Arezzo&CO ON (ARZZ3), Raízen PN (RAIZ4), São Martinho ON (SMTO3) e a saída da JHSF ON (JHSF3), totalizando 92 ativos de 89 empresas.
Os cinco ativos que apresentaram o maior peso na composição do índice foram: Vale ON (13,697%), Petrobras PN (7,306%), Itaú Unibanco PN (6,101%), Petrobras ON (4,792%) e Bradesco PN (4,766%).
MULHERES
De acordo com a Women Corporate Directors Foundation, citada em texto pelo jornal Valor, a participação de mulheres nos Conselhos de Administração de empresas no Brasil saltou de 124 para 133, considerando os anos 2021 e 2022.
O percentual equivale a 7% de crescimento.
CPC
Será nestas quarta e quinta-feiras, 14 e 15, o XIX Seminário Internacional CPC. Realizado no formato online, evento tem apoio do Portal Acionista.
O foco será os relatórios financeiros, relatórios de sustentabilidade, combinação de negócios e criptoativos. Inscrições pelo link http://www.eventos.facpc.org.br/inscricao/XIXSeminarioCPC
METAVERSO
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) reagendaram o evento denominado “O metaverso e as companhias abertas” para o dia 26 próximo.
Será interativo e transmitido pelas plataformas Zoom e metaverso (via MetaMarket Space), abordando a experiência de companhias abertas, no Brasil e no exterior, com o novo ambiente corporativo virtual e seu uso para novos fins, como a realização de assembleias.
TIME
O time do Metaverso (evento acima) terá Thiago Yaak, CEO da MetaMarkets.space; Carmella Martinelli, gerente de recrutamento da Ambev; Ana Paula Reis, vice-presidente da Comissão de Mercado de Capitais da Abrasca e sócia do BMA Advogados; José Alexandre Vasco, superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM (moderador do evento).
Inscrições anteriormente realizadas terão validade e as novas podem ser feitas pelo link https://conteudo.abrasca.org.br/220815-metaverso
CONTABILIDADE
No dia 29 deste mês acontecerá o 12º Encontro Abrasca de Contabilidade e Auditoria debatendo as novidades e tendências que impactam a área, como Demonstrações Financeiras Resumidas, IFRIC e ISSB.
Saiba mais pelo link https://encontrodecontabilidade.com.br/
