Investir no Brasil pode ser uma tarefa desafiadora, especialmente para aqueles que estão acostumados a deixar seu dinheiro na poupança. Com rendimento baixo e, muitas vezes, abaixo da inflação, a poupança raramente oferece uma remuneração atrativa. Felizmente, existem alternativas que oferecem retornos melhores com riscos controlados, proporcionando maior rentabilidade ao seu patrimônio.
Aqui, exploraremos três investimentos que pagam mais que a poupança no Brasil, discutindo os prós e contras de cada opção e como eles podem ajudar a aumentar seus ganhos a longo prazo.
A poupança ainda é uma boa opção?
Antes de discutir alternativas à poupança, é importante entender por que esse investimento tradicional perdeu sua atratividade. Atualmente, o rendimento da poupança está atrelado à Selic, a taxa básica de juros do Brasil. Quando a Selic está abaixo de 8,5%, a poupança rende apenas 70% dessa taxa mais a Taxa Referencial (TR), que há anos está zerada. Com isso, os rendimentos ficam extremamente baixos, muitas vezes abaixo da inflação, o que significa que o poder de compra do dinheiro aplicado na poupança diminui com o tempo.
No entanto, existem opções mais rentáveis e seguras que podem substituir a poupança, garantindo um retorno mais interessante e, ao mesmo tempo, minimizando os riscos. Vamos analisar três dessas alternativas.
Investimentos que pagam mais que a poupança no Brasil
Tesouro Selic (Tesouro Direto)
Uma das melhores alternativas à poupança para quem busca segurança e maior rentabilidade é o Tesouro Selic, um título público emitido pelo governo brasileiro. O Tesouro Selic é considerado um dos investimentos mais seguros do mercado, pois está lastreado na capacidade de pagamento do governo federal, o que lhe confere baixo risco de calote.
O Tesouro Selic tem uma remuneração diretamente atrelada à taxa Selic, o que significa que, quando a taxa básica de juros aumenta, o rendimento desse título também cresce, superando facilmente o retorno oferecido pela poupança. Atualmente, com a Selic em patamares elevados, o Tesouro Selic tem oferecido ganhos bem superiores.
Vantagens:
- Baixo risco: como é emitido pelo governo, a chance de inadimplência é mínima.
- Liquidez diária: você pode resgatar o investimento a qualquer momento, sem perder o rendimento acumulado.
- Proteção contra a inflação: o rendimento tende a acompanhar a inflação, evitando perdas no poder de compra.
Desvantagens:
- Taxas de corretagem e custódia: algumas corretoras cobram taxas de administração, e há a taxa de custódia da B3 (embora pequena).
- Imposto de Renda: os rendimentos são tributados, seguindo a tabela regressiva, o que reduz um pouco o ganho final.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
Outra opção que paga mais que a poupança é o CDB, um título emitido pelos bancos para captar recursos junto a investidores. Os CDBs podem oferecer retornos atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que costuma acompanhar de perto a taxa Selic. Em geral, os CDBs mais populares oferecem percentuais do CDI, que variam de acordo com o banco e o prazo do investimento. CDBs que pagam 100% do CDI ou mais já oferecem rentabilidade superior à poupança.
Para quem busca segurança, os CDBs contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para valores de até R$ 250 mil por CPF e instituição, semelhante à proteção oferecida à poupança.
Vantagens:
- Segurança: com a garantia do FGC, o risco de perda é minimizado.
- Variedade de opções: há CDBs de curto, médio e longo prazo, com diferentes taxas de retorno.
- Rendimentos superiores à poupança: muitos CDBs pagam mais de 100% do CDI, oferecendo retornos consideráveis.
Desvantagens:
- Liquidez: dependendo do prazo escolhido, você pode ter que esperar até o vencimento para resgatar o valor, a menos que opte por CDBs com liquidez diária.
- Imposto de Renda: assim como no Tesouro Selic, os rendimentos são tributados conforme a tabela regressiva do IR.
Fundos de Renda Fixa
Os fundos de renda fixa são mais uma opção interessante para quem deseja fugir da poupança e obter melhores retornos. Esses fundos reúnem recursos de vários investidores para aplicar em ativos de renda fixa, como títulos públicos e privados. Em geral, os fundos de renda fixa buscam seguir a variação de indicadores como a taxa Selic ou o CDI, oferecendo rentabilidades superiores às da poupança.
Uma das principais vantagens dos fundos de renda fixa é a gestão profissional, ou seja, seu dinheiro é administrado por especialistas que buscam as melhores oportunidades de mercado para maximizar os ganhos. Além disso, muitos fundos permitem aportes iniciais baixos, o que os torna acessíveis para pequenos investidores.
Vantagens:
- Diversificação: os fundos investem em vários ativos, o que dilui o risco.
- Gestão especializada: o investimento é gerido por profissionais experientes.
- Maior rentabilidade: historicamente, os fundos de renda fixa oferecem retornos mais elevados que a poupança.
Desvantagens:
- Taxas de administração: os fundos cobram taxas que podem impactar a rentabilidade final.