Conforme o portfólio internacional da Ágora, com BDRs na posição, o desempenho foi beneficiado pela “tendência” mundial. Ou seja, sustentado pelos resultados apresentados pelas Big Techs nos últimos meses.
“A Nvidia, por exemplo, registrou lucro líquido de US$ 16,6 bilhões em seu segundo trimestre fiscal de 2025, uma alta de 168% em comparação com o mesmo período do ano anterior, e crescimento de 12% em comparação com o primeiro trimestre, acima da previsão de muitos analistas. Porém, à medida que se intensificam os debates econômicos e resultados esplendorosos parecem não cativar mais a comunidade financeira (as ações da Nvidia chegaram a cair mais de 8% após a publicação dos números), entendemos que faça sentido nos tornarmos um pouco mais seletivos neste momento e optarmos por nomes considerados mais defensivos|”, afirmam os analistas da Ágora.
De acordo com eles, as empresas em setores defensivos tendem a ser menos sensíveis a flutuações econômicas, “justamente por fornecerem produtos e serviços que os consumidores comprarão apesar das crises: alimentos, serviços de saúde e eletricidade, por exemplo, são necessidades básicas mesmo durante períodos de recessão”.
Perspectivas para os BDRs
Depois de passar a “seca” de setembro, segundo a Ágora, chegam os três melhores meses do ano, uma vez que historicamente o quarto trimestre do ano responde por 43% do retorno global anual médio total. Isso ocorre à medida que os investidores se posicionam para o ano seguinte, “onde as perspectivas são geralmente positivas e acontecem antes do conhecido efeito de preço de janeiro”.
Em agosto, os BDRs do Mercado Livre (MELI34) foram as maiores contribuintes para a performance da carteira Top Global, enquanto Micron (MUTC34) e Aura (AURA33) foram as menores contribuições. A carteira acumulou ganhos de 0,7%, contra uma valorização de 0,6% para o Índice de BDRs Não Patrocinados de B3 (BDRX). Em 2024 a rentabilidade acumulada da carteira é de 35,5% enquanto o BDRX teve alta de 42,3%.
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