No 2T20, a Companhia registrou prejuízo de R$ 2,05 bilhões, contra lucro de R$ 700 milhões no 2T19 e prejuízo de R$ 13,4 bilhões no 1T20. A variação em relação ao 2T19 é explicada pelo resultado financeiro negativo, por sua vez decorrente da variação cambial sobre a dívida e pelo resultado de operações com derivativos, parcialmente compensado pelo aumento no resultado operacional.

Receita líquida – A receita líquida da Suzano no 2T20 foi de R$ 7,996 bilhões, sendo 88% gerada no mercado externo (vs. o 81% no 2T19 e 83% no 1T20). Em relação ao 2T19, o aumento de 20% da receita líquida ocorreu em função principalmente da valorização de 38% do USD médio vs o BRL e elevação de 25% no volume de vendas de celulose, parcialmente compensados pela queda de 26% do preço médio líquido da celulose em USD.

Volume de vendas – O volume total de vendas de celulose e papel no trimestre foi de 3.013 mil toneladas; um aumento de 20% na comparação com o mesmo período do ano anterior e 4% inferior ao 1T20.

Mesmo com a pandemia, as vendas de celulose se mostraram resilientes ao longo do segundo trimestre de 2020. A demanda por celulose foi beneficiada, em um primeiro momento, pelo crescimento da demanda de papéis sanitários (Tissue) e, ao fim do trimestre; sofreu impacto da desaceleração de consumo de papéis de imprimir & escrever e especialidades. Neste contexto, as vendas da Suzano totalizaram 2.778 mil toneladas, ligeiramente inferior (-3%) ao alto volume realizado no 1T20 e 25% superior ao 2T19.

A receita líquida de celulose teve um aumento de 28% em relação ao 2T19, em função principalmente da valorização do USD médio frente ao BRL de 38% e do maior volume vendido (+25%), parcialmente compensado pelo menor preço médio líquido em USD (-26%).

O Ebitda ajustado foi de R$ 4,18 bilhões no 2T20, contra R$ 3,10 bilhões no 2T19 (+35%). O aumento do EBITDA Ajustado do 2T20 em relação ao 2T19 é explicado por:

• Valorização do USD médio frente ao BRL (+38%);

• Maior volume vendido de celulose (+25%);

• Redução do CPV base caixa, conforme discutido anteriormente

Endividamento – No final de junho, a dívida liquida da Suzano era de R$ 67,9 bilhões (5,6x o EBITDA ajustado de 12 meses); contra R$ 52,5 bilhões em jun/19 e R$ 66,0 bilhões em mar/20. Segundo a empresa, o aumento da dívida líquida em BRL decorre da desvalorização do BRL no período.

O resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 5,66 bilhões no 2T20.

Fluxo de caixa livre – O fluxo de caixa livre já considerando o ajuste dos derivativos foi de R$ 1.720 milhões no 2T20, em comparação a R$ 1.449 milhões no 2T19 e a R$ 643 milhões no 1T20.

Resumo dos resultados do 2T20:

Alguns destaques do período (2T20/2T19):

A oferta de celulose foi ampliada no 2T20 pela postergação das paradas programadas de manutenção.

Preço médio líquido de celulose – mercado externo: US$ 470/t (-25% vs. 2T19), resultado da correção do preço da celulose no mercado global no período.

O preço líquido médio em USD da celulose comercializada pela Suzano no 2T20 foi de US$ 466/ton, representando um aumento de US$ 4/ton frente ao 1T20. Com relação ao preço médio realizado no 2T19, houve uma queda de US$ 162/ton (-26%) O preço médio líquido no mercado externo no 2T20 ficou em US$ 471/ton (frente a US$ 469/ton no 1T20 e US$ 631/ton no 2T19).

• Redução de aproximadamente 220 mil toneladas nos estoques de celulose;

• Queda de 22% nas vendas de papel s de papel, menos 235 mil ton;

• Custo caixa de celulose sem paradas de R$ 599/ton, (-14% vs. 2T19).

A ação SUZB3 encerrou ontem cotada a R$ 47,67 com valorização de 20,1% no ano.

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