Realizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, L’Oréal e Academia Brasileira de Ciências (ABC), o programa “Para Mulheres na Ciência” chega a sua 16ª edição. As inscrições vão até 10 de maio.

As sete vencedoras receberão, cada uma, uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil para dar prosseguimento a seus estudos. Elas serão conhecidas no mês de agosto.

O prêmio tem como objetivo promover e reconhecer a participação da mulher na ciência, favorecendo a igualdade de gênero. Todo ano, na edição brasileira, sete jovens pesquisadoras das áreas de Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas e Matemática são contempladas. Desde que foi criado, o Para Mulheres na Ciência já reconheceu e incentivou 103 cientistas brasileiras, premiando a relevância dos seus trabalhos, com a distribuição mais de R$ 4,3 milhões em bolsas-auxílio.

Para participar do programa Para Mulheres na Ciências, é preciso que a candidata tenha concluído o doutorado a partir de 01/01/2014. Para mulheres com um filho, o prazo se estende por mais um ano e, para quem tem dois ou mais filhos, o prazo adicional será de dois anos. Além disso, a cientista deve ter residência no Brasil, desenvolver projetos de pesquisa em instituições nacionais, entre outros requisitos. O regulamento completo e mais informações estão disponíveis no link global do programa.

“Para a UNESCO, é um enorme orgulho participar de mais uma edição do programa, e contribuir para dar visibilidade às jovens cientistas, para promover a importância da mentoria na pesquisa e para advogar – junto à sociedade brasileira – a equidade de gênero. Nesses 16 anos de programa, testemunhamos o desenvolvimento de uma série de conteúdos, campanhas e outras referências sobre o tema produzidas no âmbito da parceria L’Oréal, Academia Brasileira de Ciências e UNESCO”, destaca Marlova Jovchelovitch Noleto, Representante e Diretora da UNESCO no Brasil.

Pesquisa revelou dificuldade de cientistas mães

Em 2020, a L’Oréal fez uma grande pesquisa com 70 das laureadas por meio instituto inglês Kite Insights, visando entender os obstáculos que as cientistas encontram. Os desafios da vida pessoal foram apontados como os principais em suas carreiras. Na pesquisa, 61% informaram que responsabilidades como lecionar ou cuidar dos filhos são as maiores dificuldades. Já para 51% das mulheres, o ponto mais complicado foi encontrar equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Para 46% delas, as demais responsabilidades no âmbito familiar foram as mais desafiadoras.

Fonte: Unesco e ONU
 

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