Com as recentes quedas da bolsa que atingiram também os fundos imobiliários, muitos assinantes se preocuparam com um possível declínio maior. Dessa forma, reunimos as opiniões dos analistas da XP, Mirae e Necton para uma opinião mais profissional do assunto.

Mirae vê crescimento

O setor imobiliário começou a mostrar recuperação no 2S19, com a retomada de lançamentos residenciais em todo o país. A demanda por lajes corporativas e galpões chamou a atenção, já que não existem obras em ritmo para atender a demanda que se mostrava em ascensão. Este movimento foi observado ao longo do 1Bim/20, mas agora estamos nos deparando com uma situação diferente.

A propagação do covid-19 no país irá impor um período de pausa, já que não há como mensurar o nível de impacto em empresas e empregos se a economia ficar parada por muito mais tempo.

Entretanto, apesar da pausa que pode acontecer, os analistas da Mirae não estão pessimistas com o setor, já que existe a possibilidade da volta da economia ocorrer com maior magnitude ao longo do 2S20.

Com a queda na taxa de juros, de vacância e expectativa de forte volume de revisões de contratos de locação (a maior parte ainda feita durante a crise no governo Dilma), continuamos novamente esperando aumento no preço dos aluguéis, acima da inflação, na segunda metade do ano, o que deverá continuar beneficiando os Fundos Imobiliários, uma vez que se espera demanda maior do que a oferta.

Com a continuidade de queda na taxa Selic, o dividend yield dos fundos deverá continuar superior e até mesmo aumentando, sendo uma boa opção para investidores.

XP vê curto prazo incerto, mas boas perspectivas já para o próximo ano

O coronavírus despertou uma crise econômica, social e sanitária que deve impactar a economia brasileira ao longo dos próximos meses. Com o avanço do vírus e das medidas preventivas para conter o contágio como quarentenas e isolamento social, as projeções dos economistas já começaram a ser revisadas.

O último relatório Focus do Banco Central revela que o consenso de mercado estima o PIB de 2020 em aproximadamente -0,5% (queda de 2,7pp em relação a mesma projeção de um mês atrás), enquanto a inflação e juros continuam em patamares baixos e controlados.

Entretanto, os analistas da XP acreditam que a visibilidade sobre a magnitude do impacto econômico do COVID-19 ainda é baixa, pois depende principalmente da duração do período de reclusão social e das iniciativas do governo para conter a deterioração econômica no curto prazo. Por esse motivo, tais incertezas trouxeram uma maior aversão ao risco nos mercados, pressionando os preços das cotas.

O mês de março foi marcado por um cenário de alta volatilidade, os preços dos ativos vêm sofrendo correções desde o começo de março devido ao aumento de incertezas e, consequentemente, ao movimento de maior aversão ao risco. Apesar do IFIX ter acumulado quedas de -15,8%, o índice se mostrou mais resiliente quando comparado ao Ibovespa, que apresentou correção de -29,9% no mês, além de menores oscilações diárias.

Os analistas acreditam que o impacto do covid-19 (ou Coronavírus) deva se estender por mais algumas semanas e não descartam possível volatilidade de mercado nesse meio tempo. Alguns segmentos como de hotéis e shopping centers devem continuar pressionados no curto prazo até a diminuição dos efeitos do coronavírus no fluxo de pessoas.

No entanto, ressalta-se que a queda recente nos preços levaram os fundos a negociar a preços descontados, em diversos casos abaixo do valor patrimonial, e atingindo patamares que são atrativos (principalmente levando em consideração o corte de juros recente).

Por fim, apesar do revés de curto prazo, os analistas creem que esse impacto se concentre principalmente nesse ano e continuam positivos com a recuperação do segmento imobiliário brasileiro nos próximos anos.

Necton observa segmento de shoppings afetado

Por conta da pandemia, as principais economias do mundo estão adotando estratégias de quarentena, com fechamento da maioria das lojas e limitação da circulação de pessoas. As quarentenas devem causar fortes impactos econômicos, e o mercado reage a esses impactos negativos futuros.

No mercado de fundos imobiliários observamos um forte movimento de queda no IFIX, que caiu -15,83% em março, mas, no pior momento, chegou a cair mais de -26%. Os analistas da Necton destacam que o segmento mais impactado será o de shoppings.

A maioria dos Estados brasileiros decidiu por reduzir drasticamente as operações dos shoppings, com quase a totalidade das lojas fechadas e somente a parte de alimentação ainda funcionando e somente para serviços de delivery, evitando aglomerações. O impacto na receita dos fundos imobiliários que possuem participações em shopping será relevante, e a maioria deles deve sofrer impactos na distribuição de proventos nos próximos meses.

Neste momento, os analistas acreditam que os impactos causados pela pandemia do Covid-19 ainda são difíceis de mensurar na sua totalidade, e por quanto tempo as medidas de quarentena permanecerão. Porém, já observam diversos fundos negociando abaixo do valor patrimonial e custos de reposição.

Fontes: Mirae, XP e Necton

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