Ontem, os investidores no mundo passaram boa parte do dia na expectativa da assinatura e divulgação dos termos do acordo comercial entre os EUA e a China em sua primeira fase. Certamente, o acordo é melhor que tínhamos como expectativa em semanas anteriores, mas deixou para a segunda fase discussão polêmicas sobre propriedade intelectual e transferência de tecnologia, no nosso entender, o cerne da discussão maior sobre hegemonia tecnológica.

De qualquer forma, a China comprará produtos e serviços no montante de US$ 200 bilhões de setores tradicionais dos EUA, exatamente o que elegeu Donald Trump à presidência, e isso é muito importante para reeleição. Porém, a China segue preocupada com o tratamento justo que terá de ser dado para as empresas do país. Convém lembrar as disputas sobre domínio da tecnologia 5G.

Os mercados não reagiram muito logo após a assinatura e declarações dos dois países (Trump e Liu He), e aqui, as vendas no varejo de novembro abaixo do previsto e vencimento de opções do índice acabaram dando o tom negativo dos mercados.

Hoje, mercados da Ásia terminaram o dia mais para positivo, Europa e futuros do mercado americano com valorizações. Aqui, depois da queda de ontem há espaço para recuperação, mas vamos ficar na dependência do IBC-Br, uma prévia do PIB de novembro, para definir o comportamento da Bovespa, câmbio e juros.

Na China, durante a madrugada foi divulgado que novos empréstimos de dezembro caíram para 1,15 trilhão de yuanes (US$ 165 bilhões), a base monetária (M2) expandiu anualizada em dezembro 8,7% (previsão era +8,3%) e preço de novas residências em alta de 6,8%. O vice-primeiro-ministro Liu He falou que o PIB de 2019 deve ficar acima de 6%, e lembramos que esse dado sai na noite de hoje.

Na Alemanha, a inflação medida pelo CPI (consumidor) de dezembro teve alta de 0,5% e na comparação anual subiu 1,5%. Esse mesmo indicador na Argentina registrou alta em dezembro de 3,7% e taxa anual de 53,8%. Nos EUA, o secretário do Tesouro Mnuchin, disse que as discussões sobre subsídio de empresas chinesas ficaram para a segunda fase. Já a safra de resultados do quarto trimestre tem hoje resultados de Morgan Stanley, Rio Tinto e Casino.

A AIE (Agência Internacional de Energia), projeta avanço da demanda global de petróleo em 2020 de 1,2 milhão de barris dia. Na sequência, o petróleo WTI era negociado em alta de 0,14%, com o barril em US$ 57,89. O euro era transacionado em alta para US$ 1,116 e notes americanos de 10 anos com juros de 1,78%. O ouro em alta e a prata em queda na Comex e commodities agrícolas com comportamento misto na Bolsa de Chicago.

Aqui, acaba de sair o IBC-BR de novembro, uma prévia do PIB, que surpreendeu positivamente com alta de 0,18%, quando a expectativa mediana era que ficasse em -0,10%. Novembro contra igual período anterior mostra alta de 1,10%. Bom lembrar que isso ocorre depois de produção industrial, vendas no varejo e volume de serviços prestados fracos para esse mesmo mês.

Expectativa é de Bovespa em alta (mas mercados no exterior fraquejando um pouco agora, dólar realizando e juros em queda.
Alvaro Bandeira
Economista-chefe do banco digital Modalmais

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