Fundos que investem em ações têm “roubado” clientes de opções mais conservadoras ao longo deste ano, diante da queda da Taxa Básica de Juros (Selic) e de expectativa de uma retomada mais vigorosa da bolsa brasileira (B3). Um levantamento da Economatica mostrou que os Fundos de Ações aumentaram o patrimônio pelo quinto mês seguido em agosto, chegando a R$ 526 bilhões. Apenas neste ano, a captação líquida foi de R$ 43,6 bilhões.

O levantamento foi feito com dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A Economatica verificou que os fundos de Ações Livre, os de Investimentos no Exterior e os do tipo Valor/Crescimento foram os subgrupos que  mais atraíram investidores dentro da categoria Ações, aumentando seu patrimônio em R$ 33,3 bilhões, R$ 9 bilhões e R$ 6,7 bilhões, respectivamente. Apenas em agosto, a categoria teve captação líquida de R$ 4,6 bilhões, sendo R$ 3,42 bilhões para as ações livres.

Por outro lado, perderam investidores principalmente os Fundos Fechados de Ações (- R$ 17 bilhões), os Indexados (- R$ 430 milhões) e os FMP/FGTS (- R$ 215 milhões).

Einar Rivero, gerente de Relacionamento da Economatica, observa que, embora tenha havido alta na captação líquida, os desempenhos dos fundos não têm sido, necessariamente, positivos. “Em agosto, os fundos de ações Investimento no Exterior têm o melhor desempenho, com valorização de 0,15% (3,60 ponto percentual acima do Ibovespa). No entanto, esta é a única categoria dentro do grupo com rentabilidade positiva, todas as demais classificações registram queda”, afirma ele.

O Eduardo Akira, sócio da Vero, escritório autônomo da XP, avalia que esta nova descoberta dos brasileiros pelos fundos que investem no exterior tem relação com a perspectiva de que outros países devem se recuperar mais rápido que o Brasil da crise causada pela pandemia da covid-19.

“No cenário interno, não temos boa visibilidade no curto e no médio prazos, então a diversificação internacional se tornou algo estratégico”, explica ele.

Na empresa, entre os ativos mais atrativos no exterior estão fundos de ações e multimercado nos Estados Unidos e na Europa. De acordo com o porta-voz da Vero, a diversificação internacional é algo novo para o cliente brasileiro, mas a tendência veio para ficar. “No passado não existiam tantas opções de fundos internacionais como agora. Agora a gente tem, com proteção cambial e sem”, afirma.

Os investimentos no exterior também são os principais chamarizes para investidores nos fundos Multimercado, outra categoria analisada pela Economatica. A captação líquida no ano até final de agosto foi de R$ 27,4 bilhões. Foi a segunda subcategoria com maior atração de investimentos, após os fundos Multimercados Livres (R$ 50,1 bilhões).

Por outro lado, os fundos de Renda Fixa têm desempenho mais discreto nos primeiros oito meses do ano, com captação líquida de R$ 13 bilhões. O patrimônio deste grupo chega a R$ 2,192 trilhão, os maior entre os fundos. Os fundos e Previdência também têm estado atraentes neste ano, com captação líquida de R$ 17,2 bilhões.

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