Os sucessivos recordes da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), neste ano, podem encorajar os novatos a começarem a tatear o mercado de ações. Mas é essencial que haja planejamento e autocontrole. Principalmente para conter a euforia e amortecer o medo da queda, mantendo a cautela e escolhendo as melhores ações.

Consultores financeiros sugerem muito conhecimento de mercado. Além da busca por informações e, principalmente, disciplina e autoconhecimento antes de começar a negociar ações.


Investir na Bolsa ainda é uma realidade para poucos brasileiros. Uma fração baixa em relação à população, que beira os 200 milhões. No entanto, esse número vem crescendo tal qual o interesse pela renda variável.

Nem todos que veem o noticiário positivo, entretanto, se preparam para lidar com tempos de vacas magras.

O consultor financeiro Adriano Severo, do portal Guia Invest, alerta que é preciso prever cenários bons e ruins antes de começar a aplicar na bolsa. Para saber como agir em caso de uma queda brusca nas ações, por exemplo.

“É preciso estar preparado para todos os cenários e saber investir bem, ainda mais em momentos de oscilações como os atuais”, sugere Severo.

Ainda que os últimos resultados do mercado sejam positivos, o cenário econômico de um dia para o outro pode mudar. Com isso, o autoconhecimento é chave essencial para lidar com estas oscilações.

Rebeca Toyama, psicóloga especializada em comportamento do investidor. Afirma que a visão a longo prazo é fundamental para obter os resultados neste tipo de investimento.

“Essa visão, acoplada ao autoconhecimento, é fator determinante para o investidor fazer bons negócios e tomar as melhores decisões de quando comprar e vender”.


Por essa razão, equilíbrio e controle são peças importantes para conseguir lidar com situações imprevistas, que são o que mais ocorrem na bolsa (para o bem e para o mal).

“O investidor imediatista deve ter cuidado com ações em bolsa. O imediatismo e a volatilidade são inerentes a esse tipo de investimento, então é preciso ter o emocional bem trabalhado antes de desbravar a compra de ações, sabendo que tudo é cíclico”, diz a especialista.


Preparar a mente, estudar e analisar o mercado acionário, sempre fazendo cursos e buscando orientações com profissionais qualificados. Esta é uma forma de escapar do “efeito manada”. Ou seja, de correr para o mesmo lado que todos os investidores.mesmo que seja em direção a um mal negócio.

O analista da Rico Investimentos, Matheus Soares, tem uma teoria interessante. Falando sobre momentos de euforia como os que são vistos hoje no mercado financeiro do país.

Ele afirma que quando a mídia começa a trazer matérias entusiasmadas com a alta da bolsa, historicamente, o Ibovespa toma direção contrária ao que as capas de jornais e revistas apontam.

“Isso não é uma crítica à revista A, B ou C. O ponto é entender como se forma o comportamento de manada: para um assunto virar capa de revista, ele tem que ser “pop”, e se ele é pop, é sinal que muita gente está comprando, e isso pode gerar euforia”, explica Soares.

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