📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS

O movimento do mercado financeiro local ontem demonstra o quão distorcido está o valor do Real frente ao dólar e moedas de mercados emergentes, o quão sem defesa a divisa está e o forte papel da atual taxa de juros nominais em tal contexto.

O fluxo positivo de recursos de estrangeiros para a bolsa de valores brasileira nem de perto foi suficiente para compensar os ataques que a divisa tem sofrido, algo muito comum desde o ano passado, mas que tinha como pano de fundo o tal “overhedge”. Resumidamente, uma mudança tributária que forçava bancos a contabilizar a variação do patrimônio com hedge dentro do lucro real; colocando esse resultado na base de cálculo da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

Isso forçou as instituições financeiras à compra de dólares até o final do ano passado e era o perfeito pretexto para mascarar os efeitos que os cortes exagerados nas taxas de juros nominais traziam, em especial nos movimentos de carry trade, dada a comparação do Brasil com seus pares internacionais.

O mercado de juros futuros continua a precificar nos seus vértices o temor de descalabro fiscal, com o congresso insistentemente trazendo soluções mirabolantes para novos programas de alívio como um novo Coronavoucher e o rompimento do teto dos gastos, sem antes colocar em pauta as reformas administrativas, do pacto federativo e obviamente, a tributária.

Como já citamos aqui, o teto pode e deve ser alterado, mas como o resultado final das derivadas citadas acima e não como fator principal. Além da questão fiscal, o alívio recente na inflação perde força com a desvalorização, mas especificamente a volatilidade; do Real frente ao dólar, o qual sequer resistiu à primeira valorização global do dólar no ano.

Ou seja, na dúvida para entender quem neste mercado “está certo”, opte por observar as curvas de juros, dada a sua sensibilidade aos eventos de diversos vetores que podem ser nocivos ao país no curto prazo.

Na agenda de hoje, atenção à produção industrial, IGP-DI, IPC-S semanal e a carta da ANFAVEA. No exterior, chamam a atenção o mercado de trabalho nos EUA com o Payroll; o qual projeta criação de 50 mil vagas e desemprego aos 6,8%, após o resultado negativo do ADP Employment.

📊 ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com os recordes nas bolsas de valores americanas.

Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo os fechamentos recordes das bolsas americanas e com ações de montadoras.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, quedas, exceto cobre e minério de ferro.

O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com a surpresa nos cortes de produção saudita.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,18%.

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