A Telefônica Brasil, Tim e a Claro informam que apresentaram oferta vinculante em conjunto para aquisição do negócio móvel do Grupo Oi. O valor da oferta não foi informado. A operação inclui a totalidade dos ativos que constituem a “UPI de Ativos Móveis”, o que inclui termos de autorização de uso de radiofrequência; base de clientes do Serviço Móvel Pessoal; direito de uso de espaço em imóveis e torres; elementos de rede móvel de acesso ou de núcleo; e sistemas/plataformas.
Segundo as empresas, a oferta vinculante foi submetida à apreciação da Oi, em recuperação judicial, após a análise de dados e informações disponibilizadas a respeito do negócio a ser adquirido, e está sujeita a determinadas condições, especialmente a seleção das ofertantes como “stalking horse” (primeiro proponente), o que lhes permitirá garantir o direito de cobrir o melhor dentre os demais lances apresentados no processo competitivo de venda do negócio móvel do Grupo Oi.
Conforme os fatos relevantes enviados à CVM, no caso de aceitação da proposta apresentada e na hipótese de concretização da operação, cada uma das interessadas receberá uma parcela do referido negócio.
A perspectiva da Telefônica é que, se concretizada, a transação agregará valor para seus acionistas e clientes através de maior crescimento, geração de eficiências operacionais e melhorias na qualidade do serviço. “Além disso, contribuirá para o desenvolvimento e competitividade do setor de telecomunicações brasileiro”.
Já Tim, destaca que a operação é uma oportunidade de aceleração do seu crescimento e do aumento da eficiência operacional. A Tim acrescenta que o mercado de telecomunicações em geral, terá como benefícios o reforço da capacidade de investimento, inovação tecnológica, bem como da sua competitividade.
A Claro, por sua vez, diz que a perspectiva é que, se concretizada, a transação agregará valor para seus acionistas e clientes através de maior crescimento, geração de eficiências operacionais e melhorias na qualidade do serviço.
A Oi divulgou seu Relatório Mensal da Recuperação Judicial relativo ao mês de maio com os seguintes destaques:
• Geração de Caixa Operacional Líquida das Recuperandas foi negativa em R$ 113 milhões em maio/20;
• Investimentos atingiram o patamar de R$ 591 milhões em maio/20;
• A rubrica Recebimentos teve redução de R$ 86 milhões em maio/20, totalizando R$ 1.908 milhões;
• A rubrica Pagamentos apresentou redução de R$ 678 milhões em maio/20, atingindo o patamar de R$ 1.430 milhões;
• Em maio/20 houve a entrada de caixa de R$ 8 milhões na rubrica Operações Financeiras;
• O Saldo Final do Caixa Financeiro das Recuperandas teve redução de R$ 105 milhões em maio/20, totalizando R$ 4.754 milhões.
As ações OIBR3 encerraram cotadas a R$ 1,21 com alta de 40,7% neste ano e a OIBR4 fechou a R$ 1,47 com valorização de 19,5%.
Valor de mercado: R$ 7,24 bilhões.
Patrimônio líquido: R$ 11,4 bilhões.
Cotação/VPA (ON) = 63%.
GUIDE INVESTIMENTOS: Setor de Telecom – Leilão de 5G ocorrerá apenas em 2021
O leilão de 5G já era esperado para acontecer apenas em 2021, tanto na ala política do Executivo quanto no Ministério das Comunicações.
No entanto, o Palácio do Planalto argumenta agora que deseja que o Brasil espere para ver como operadoras de outros países tratarão do assunto.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sempre defendeu a posição de neutralidade tecnológica nos leilões do setor e, especificamente em relação ao 5G, tem também dito que vai incluir no edital um maior rigor nos padrões de segurança e confiabilidade da rede.
Como o cenário de pandemia impede até com que se iniciem os testes de campo, não existe pressa com relação ao leilão no Ministério das Comunicações.
O ministro das Comunicações ainda não se reuniu com empresas do setor, ou discutiu o tema com Bolsonaro e também não está sendo cobrado sobre este assunto. A prioridade para Fábio Faria neste momento é um plano de
comunicação para melhorar a imagem do Brasil no exterior.
Impacto: Neutro. O adiamento do leilão já era esperado. A nova informação com relação ao leilão de 5G é que o Brasil deverá esperar para ver como operadoras de outros países irão agir quanto ao tópico. Para o ministro das comunicações, a prioridade ainda é a criação de um plano de comunicação que melhore a imagem do país no exterior.
