Há um exercício de retórica no ar. Não uma retórica clássica, daquelas que se tem gosto de apreciar, mas uma discussão rasa que poderia ser melhor conduzida por seus próceres. Com dados de satélites à mão, o Inpe-Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) diz que somente em julho ocorreram 6.800 focos de incêndio na Amazônia e nos primeiros dez dias de agosto já ultrapassavam os 10.000 (número 17% maior que igual período de 2019).

Já na região do Pantanal, que tem 12% do seu imenso território torrado, entre 1º de janeiro e 21 de agosto deste ano foram 982,6 km2 de área totalmente destruída. Isto sem contabilizar perdas em fauna e os estragos na saúde da população local. Um quadro tão desolador quanto a fala do ministro do Meio Ambiente, que repassou imagem, na internet, de um belo exemplar do mico leão dourado (cujo habitat é a mata atlântica, não tendo nada a ver com a Amazônia), garantindo que nossas florestas estão bem, não queimam como se diz por aí. Hamilton Mourão, comandante do Conselho Nacional da Amazônia Legal, diz que o Inpe “é confuso”, entregando diferentes informações a ele e à imprensa.

Todos sabem que o jogo político nem sempre é transparente. Aumenta-se, diminui-se ou inventa-se até, ao sabor dos interesses. Mas o nosso foco, aqui, não é o político-partidário e sim o político supra partidário. O Brasil pede socorro. Ministros, cientistas, congressistas, entidades da sociedade civil organizada e, mais recentemente, até os três maiores bancos privados do país entraram firme nesta questão. Em espanhol, a palavra “concertación” define bem o que é necessário se fazer. Falar-se a mesma língua já é um começo para a urgente solução das queimadas e devastações. Que se invoque o ODS 17, explicitamente definindo PARCERIAS como um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

BIG DOG

A Petz, empresa voltada ao mercado de “pet shop”, agora vai brigar feito cachorro grande. Na última sexta, 11, realizou a abertura de capital, fazendo o maior IPO que a B3 viu neste ano. Já instalada em 13 estados, a companhia movimentou a soma de R$ 3 bilhões. A ideia do Sergio Zimermamm, fundador da empresa e que volta a ser controlador majoritário no pós-IPO, é expandir o número  de lojas. Atualmente são 110, no país.

Com esta operação, o fundo de private equity Warburg Pincus abre mão do controle da companhia (que trabalha com margem de 10% do EBITDA) para ser um sócio minoritário, com 5% do capital, revelou O Estado de S.Paulo.

BOND ESG

A Suzano – gigante do setor de papel e celulose – captou US$ 750 milhões em BONDS (títulos de dívida). A companhia ofereceu 3,95% de taxa de remuneração (yield) e o investidor estrangeiro topou. O segredo pode ser resumido em três letras: ESG. A promessa de cumprimento de uma boa governança, simultânea à gestão socioambiental, foi a senha.

Focada em economia de baixo carbono, a papeleira estabeleceu como meta a redução de 15% da emissão de gás do efeito estufa em 10 anos. A companhia tinha BONDS com vencimento em 2026 a uma taxa de 5,75%. Recomprar esses papéis será uma das operações a ser feita com o novo volume de captação.

BRASIL ESG

Por meio de sua marca Vivo, a Telefônica está entre as 10 empresas destaque no mais recente índice de Sustentabilidade, oS&P/B3 Brasil ESG, que reúne as companhias com atuação elevada nos critérios ambiental, social e de governança. Esta é a primeira empresa do setor neutra em carbono e com consumo de energia 100% renovável. Em 2019, a companhia reduziu em 50% suas emissões.

O novo índice é composto por 96 empresas listadas na B3 que compõem o S&P Brazil BMI (Broad Market Index) e mantêm práticas aderentes aos princípios do Pacto Global da ONU. “Após oito anos consecutivos no ISE da B3, fazer parte deste novo índice é mais um reconhecimento do mercado que comprova o quanto a sustentabilidade permeia a estratégia de negócio da Vivo e a relevância de nossas ações para a sociedade e para o meio ambiente”, disse o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Vivo, Renato Gasparetto.

NÃO VOLTE

“NÃO VOLTE a acreditar em desenvolvimento sem sustentabilidade” é a campanha da Rede Brasil do Pacto Global por uma #RetomadaSustentável. A instituição aposta na construção de um mundo melhor com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS.

SOLAR

Os resultados são animadores e para continuar crescendo no mercado de energia solar, a Cemig SIM, empresa de inovação e soluções em energia, anuncia investimentos de R$ 100 milhões na participação em usinas solares ainda este ano.

A empresa atende comércios e indústrias, base na qual registrou aumento nos últimos meses, contabilizando dois mil usuários. Com um desconto médio de 18% na tarifa de energia, estima-se que a economia para os empreendedores já ultrapasse os R$ 7 milhões. Na visão da companhia, a disseminação da energia solar pode significar maior competitividade, crescimento e desenvolvimento, contribuindo para alavancar o comércio no período pós-pandemia.

AQUISIÇÃO

A SulAmérica, voltada ao segmento de saúde, anuncia a conclusão do negócio (aquisição) com a Paraná Clínicas, quinta maior operadora de planos de saúde do estado do Paraná, com aproximadamente 90 mil beneficiários em carteiras empresariais.

O preço base da transação foi de R$ 396 milhões. Com isto, a companhia pretende criar bases também no sul do país. Concluído este negócio, a SulAmérica passa a ter market share de 5% no estado.

E-COMMERCE

A InvestFarma, empresa lançada pela Stratus em 2018 para a consolidação de redes de drogarias, acaba de formalizar a compra da FarmaDelivery, uma das principais empresas independentes de e-commerce de medicamentos e cuidados pessoais do país. A transação foi submetida ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e está em processo de revisão. 

A FarmaDelivery representa um salto importante nos negócios da companhia, que terá aumento imediato de 30% no faturamento com o fechamento da aquisição. Atualmente a empresa fatura R$ 500 milhões por ano, principalmente através da rede Poupafarma. Com a combinação dos canais, esse impacto pode chegar a 50% em 2021. 

INTEGRAÇÂO

O Insper, tradicional escola de negócios em São Paulo,  anuncia a aprovação, pelo MEC, de seu curso de Direito. E com uma inovação: integração do direito com outras áreas, como economia e informática.

Para exemplificar o que isto pode representar, o professor Thomas Conti, que comentava o fogaréu que toma conta de parte do Brasil, no twitter, sublinhou: “…em resumo, seria preciso pensar em um desenho regulatório mais inteligente que facilite a prevenção e canalizar mais recursos anti-incêndio para antes do período da seca. É Direito e Economia”.

FOTO

Empossado como presidente da mais alta Corte do país, o STF, o ministro Luiz Fux disse que o cuidado com o meio ambiente será um dos eixos de atuação do Supremo.

Se for só pra ficar bem na foto, a declaração está linda. E se foi a sério, como se espera, o ministro já começa prestando um grande serviço ao país.

PÓS-PANDEMIA

Dia 23 próximo a Itaúsa promoverá evento, online, para falar de estratégia e perspectivas de futuro e debaterá o cenário econômico pós-pandemia.

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