O setor de serviços do Brasil permaneceu em modo de expansão durante o mês de agosto, à medida que as empresas aumentaram a atividade de negócios da forma mais ampla em nove anos e meio, em resposta à intensa demanda de novos trabalhos, segundo dados do Instituto Markit Economics. O aumento da demanda exerceu pressão ascendente sobre a capacidade dos prestadores de serviços; evidenciada por um novo aumento dos pedidos em atraso, resultado que sustentou a criação de empregos. As pressões inflacionárias de custos não mostraram sinais de redução, levando ao terceiro aumento mais acentuado na inflação da produção na história da pesquisa.

Subindo de 54,4 em julho para 55,1 em agosto; o Índice de Atividade de Negócios do setor de Serviços da IHS Markit para o Brasil atingiu um pico de nove anos e meio e; portanto, sinalizou um aumento substancial no índice de produção.

De acordo com os participantes da pesquisa, a recuperação resultou da melhoria das condições de demanda, do crescimento da cobertura de vacinas e da reabertura de alguns negócios. A demanda por serviços brasileiros se fortaleceu em agosto em meio a relatos de maior acesso a vacinas, turismo melhorado e a retomada das operações normais em vários segmentos.

A demanda de novos negócios aumentou pelo quarto mês consecutivo e a um ritmo mais rápido desde o início de 2020. A demanda externa por serviços também melhorou substancialmente no meio do terceiro trimestre; mas o índice de novos pedidos para exportação aumentou a um ritmo mais brando do que o pico da série de julho.

Os dados de agosto apontaram para outro aumento substancial nos custos de insumos enfrentados pelos prestadores de serviços. As empresas relataram ter pago mais por alimentos, combustível, equipamentos de proteção individual (EPIs), itens de higiene, transporte e serviços públicos.

A taxa geral de inflação dos custos atingiu a maior alta em quatro meses e foi uma das mais fortes desde o início da coleta de dados em março de 2007. Os esforços contínuos para manter as margens de lucro levaram as empresas de serviços a dividir parte de seus custos adicionais com os clientes. A inflação da produção aumentou substancialmente, e pela terceira taxa mais rápida na história da pesquisa.

Demandas intensas de novos negócios, atrasos nos pagamentos de clientes e escassez de alguns itens causaram um aumento no índice de pedidos em atraso entre as empresas de serviços. Apesar de abrandar a partir de julho, o ritmo de acúmulo foi elevado para os padrões históricos. Posteriormente, as empresas contrataram pessoal extra em agosto. O aumento do índice de emprego foi o terceiro em meses sucessivos e demonstrou-se sólido, porém diminuído a partir de julho.

A criação de empregos também foi impulsionada por expectativas generalizadas de crescimento da produção no próximo ano. As empresas de serviços estavam mais otimistas em um ano e meio. O sentimento positivo refletiu amplamente as esperanças de um fim à pandemia, à medida que a vacinação se generalizasse.

PMI Composto

A recuperação do setor privado brasileiro foi estendida até agosto, com fabricantes e prestadores de serviços observando níveis mais elevados do índice de produção. A 54,6 em agosto, o Índice Consolidado de Dados de Produção caiu de 55,2 em julho, mas ainda apontava para um ritmo acentuado de expansão.

O crescimento foi restringido por um aumento mais lento no segmento de produção de bens. O índice de novos pedidos expandiu ainda mais no nível consolidado, marcando uma sequência de quatro meses de crescimento. A taxa de aumento foi acentuada, apesar de abrandar em relação a julho. Uma recuperação mais rápida no setor de serviços contrastou com uma desaceleração no setor industrial.

Os postos de trabalho no setor privado aumentaram a um ritmo mais suave, embora sólido, em meados do terceiro trimestre, com a criação de empregos moderada nas empresas do setor industrial e suas contrapartes de serviços. Os dados de agosto mostraram uma das taxas mensais mais acentuadas de aumento nos custos de insumos desde que os dados consolidados foram disponibilizados em março de 2007.

Os fabricantes observaram uma taxa de inflação mais forte do que os prestadores de serviços, apesar de apresentar o aumento mais lento nos custos de compra em mais de um ano. A inflação de encargos também diminuiu no setor industrial, enquanto acelerou nas empresas de serviços. O setor industrial também registrou a taxa de aumento mais intensa. As empresas do setor privado foram as mais otimistas em relação às perspectivas de crescimento em oito meses, com os níveis de sentimento melhorando tanto nas categorias de manufatura quanto de serviços.

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