“O setor, que foi fortemente impactado pelas restrições da crise sanitária, enfrentou dois períodos distintos em 2021. O primeiro, com a segunda onda da pandemia de covid-19, que prejudicou ainda mais as atividades no primeiro semestre e o segundo, com a retomada possibilitada pelo avanço da vacinação, na última metade do ano”, observam os técnicos da FecomercioSP.
A partir de abril, segundo eles, as variações passaram a ser positivas (36%), embora seja necessário considerar que a base de comparação – o segundo trimestre de 2020 – é bastante frágil em razão do contexto de restrições às atividades econômicas vivenciado no período.
De acordo com a Federação, os segmentos que registraram os resultados mais expressivos, a partir do quarto mês do ano, foram os de transporte aéreo e serviços de alojamento e alimentação, com altas anuais de 83,9% e 61,9%, respectivamente.
“No entanto, mais uma vez, a base de comparação explica o resultado, pois, esses foram os setores que mais sofreram o impacto da crise em 2020, estando, também, ainda abaixo do patamar de abril de 2019”, explicam os técnicos da FecomercioSP.
A demanda dos passageiros aéreos, que até junho estava menor que 5 milhões de pessoas, atingiu nível superior a 6 milhões em julho, mantendo-se no mesmo patamar nos meses seguintes. Agora, a perspectiva é que o transporte aéreo encerre o ano com faturamento de R$ 37,8 bilhões, mostrando avanço de 30,5%. Porém, ainda 36% abaixo do nível de 2019.
Projeções
Já o resultado projetado do último trimestre deve ser 12% menor em relação ao mesmo período do ano pré-pandemia, preveem os especialista da FecomercioSP.
Ainda de acordo com as projeções, o grupo de alimentação e alojamento deve registrar alta de 15,9%, com faturamento de R$ 25 bilhões. Na comparação com 2019, o quadro ainda é negativo em 26%.
“Assim, como acontece no transporte aéreo, no entanto, pode haver uma aceleração da recuperação na última parte do ano. No caso do transporte rodoviário (intermunicipal, interestadual e internacional), que apresentou quedas relativamente modestas no início do ano, deve encerrar 2021 com alta de 9% e faturamento de R$ 17,7 bilhões, mas 5,1% abaixo do patamar de 2019”, pontuaram os economistas da Federação do Comércio.
Já para o grupo de locação de veículos, agência e operadoras de turismo, a expectativa é que haja um aumento no faturamento de 4,2%, chegando a um faturamento de R$ 29 bilhões. Entretanto, em comparação a 2019, o nível ainda é 8,5% abaixo. Embora negativo, é um dos resultados relativos mais favoráveis entre os setores analisados pelo levantamento. O último trimestre deve registrar um ritmo de crescimento de 7%, sinalizando uma importante recuperação para 2022.
Para as atividades culturais, recreativas e esportivas, que no primeiro semestre sofreram queda de 7,4%, a projeção para a segunda metade do ano é de aumento de 11,7%, encerrando 2021 com alta de 1,9%.
Como este grupo depende, essencialmente, do número de pessoas completamente imunizadas, com o ritmo de vacinação bem estabelecido, a tendência é que haja cada vez mais aumento de público e atividades no próximo ano, dando condições para uma recuperação mais robusta. Por fim, para o transporte aquaviário, a projeção de alta é de 8,4%, com um faturamento de R$ 467 milhões em valores absolutos.
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