O quinto mês do ano começou e com isso surgem questionamentos sobre a presença do “sell in may and go away”, em tradução livre seria “venda em maio e vá embora”. O ditado faz referência ao período de férias no hemisfério norte, com investidores “antecipando suas vendas”, além de contribuir para um período de baixa atividade e uma menor volatilidade nas bolsas mundiais.

No entanto, um boato não deveria se sobrepor ao fato e eventos passados nunca são garantia de que ocorrerão no futuro, aliado a isso, será que o ditado virá a tona neste ano? Só o tempo dirá e diversos analistas estão desafiando o contexto histórico sinalizando um viés otimista para o futuro.

O Ibovespa encontra-se com um desempenho positivo, o que anima o cenário. Destaque, no cenário externo, para os estímulos financeiros anunciados por Joe Biden. Reunimos a perspectiva de diversos analistas sobre o mês que passou e os eventos que devem influenciar agora em maio, para que você possa se preparar. E ainda visualizar o que está na carteira de diversas casas.

A visão otimista da Ativa com a temporada de resultados (1T21)

Como destaque do mês de abril, a Ativa Investimentos salienta a performance do Ibovespa, que ultrapassou os 120 mil pontos. Um grande contribuidor para isso foram os juros americanos de 10 anos, que voltou a patamares abaixo de 1,60% a.a. Isso levou a um sentimento mais positivo e o investidor ficou mais confortável a correr riscos. No cenário interno, eles alertam sobre a importância de monitorar se há rupturas nas expectativas quanto à taxa de juros e ao crescimento econômico. Rumores envolvendo o ministro Paulo Guedes podem trazer volatilidade, mas eles acreditam que isso é um risco imponderável.

As maiores preocupações deles cercam-se na segunda onde de Covid-19 no país. Eles lembram que estamos ainda em uma fase muito inicial da vacinação e que poderemos testemunhar atrasos na oferta de doses, mas que isso não significa retrocessos que impeçam avanços ao longo do ano. Eles afirmam que continuam de modo geral otimistas, por conta de fatos como o nível de valuation e o início animador da temporada de resultados.

A carteira deles para o momento é composta por: B3 (B3SA3), Itaú (ITUB4), Lojas Renner (LREN3), Magalu (MGLU3) e SulAmerica (SULA11).

A carteira diversificada deve privilegiar algumas posições, afirma Necton

Após ser adquirido pelo BTG, a corretora Necton fez uma parceria estratégica com a área de Research da Exame. Dessa forma, a casa passou a cobrir a análise fundamentalista de forma mais ampla entre as empresas e setores, assim como, qualificando o processo de escolha visto que as decisões passam por ambas as áreas de research. Aos interessados em conhecer mais sobre a casa, aqui deixamos o acesso para conhecer a plataforma completa.

Sobre o cenário global, os analistas seguem acreditando que o ambiente é favorável aos ativos de risco. O choque de inflação, mediante a visão do FED, indica ser transitório e a postura de compra de título e injeção de liquidez nos mercados deve continuar, favorecendo mercado de ações global e também commodities. No doméstico, há sinalizações positivas, como a diminuição do risco fiscal (medido pela redução das taxas da NTNB – título atrelado à inflação) com a aprovação do orçamento. Tal momento favorece uma carteira diversificada privilegiando empresas que devem se beneficiar com a retomada da atividade local ao longo do segundo semestre.

Dentre as movimentação de carteira, a equipe trocou Lojas Americanas por B2W e reduziu parcialmente Vale e Magazine Luiza para aumentar exposição (%) em B3 e JHSF.

Toro vê espaço para o Ibovespa subir 20%, veja como

Abril mostrou que o investidor está mais cauteloso no Brasil e eles também destacam a alta da Ibovespa. Como motivos para isso, eles destacam a dificuldade na redução do número de infectados de Covid-19, junto com o lento ritmo de vacinação. Isso leva a um maior atraso  na retomada da economia. Outro destaque é o clima de instabilidade política, que, como eles lembram, não é recente. Afirmam que o Ibovespa pode subir, considerando os resultados das empresas até agora. A projeção no momento é de 140 a 150 mil pontos, o que seria uma alta de 20%.

Em maio esperam que o Ibovespa permaneça em alta devido aos fatos. Por conta da alta das commodities e do patamar atual do câmbio, eles afirmam que as empresas exportadoras são as favoritas do mercado. No cenário externo, também deve haver uma tendência de alta, por conta dos estímulos econômicos nos Estados Unidos e o atual patamar de juros deles. Para o mês, veja a composição da carteira.

Os contrapontos do BTG Pactual na política nacional e entrada de estímulos externos

O BTG separou alguns pontos para o momento. O primeiro é sobre o ruído fiscal e ou político junto com uma melhora da situação da saúde, o que pode levar a um impulso nos mercados. Isso daria espaço para o Ibovespa continuar com a sua recente valorização. Eles lembram que o prêmio de risco das ações do Ibovespa está em um desvio-padrão acima da média, em 3,6%. O próximo ponto está ligado ao cenário externo. Em abril, o risco-país Brasil diminuiu, o que possibilitou que os fluxos estrangeiros para as ações pudessem ser positivos. Outro destaque foram os projetos de infraestrutura movimentados em abril. Ocorreram leilões de aeroportos, terminais portuários, de ferrovia e também de rodovias. Esses projetos podem render 50,8 bilhões de reais em investimentos nos próximos 20 a 35 anos. Confira todas as recomendações por aqui.

 A tese de superação no mercado externo segundo a Mirae Asset

Como os principais eventos de abril, a Mirae destaca o estímulo de 2 trilhões de dólares para investimentos em infraestrutura anunciado por Joe Biden, o crescimento do PIB dos Estados Unidos em 6,4% no primeiro trimestre de 2021 e a proposta de aumento de impostos sobre ganhos de capital para os mais ricos para 43,3%. Também destacou-se o Índice dos Gerentes de Compras, PMI, da indústria da China ficou em 51,1 em abril. No cenário interno, a instalação da CPI da Covid no senado foi uma grande pauta no mês, o IGP-M registrou variação de 1,51% em abril, frente a 2,94% em março, e realça-se o novo ajuste da taxa Selic que ocorreu na reunião do Copom.

Para maio, a vacinação contra a Covid-19 deve ser ampliada em vários países, o que deve trazer um grande alívio global. Os resultados das empresas brasileiras vão continuar ao longo do mês e até agora os números estão agradando. Eles seguem com visão positiva para a retomada da atividade econômica no Brasil no mês de maio e ao longo do ano. Acreditam que os setores de commodities e de infraestrutura continuarão sendo beneficiados pelo crescimento na China e nos Estados Unidos ao longo dos próximos meses. Confira as recomendações por aqui.

Itaú BBA sugere alocações em posições defensivas e com potencial

Para maio, as preferências do Itaú foram reajustadas com a troca de Cogna por Ânima, assim como, reajustes de preços e alvos. Segundo a casa, mesmo que a aprovação do Orçamento 2021 tenha reduzido algumas incertezas, o cenário doméstico continua inspirando cautela. Ao redor do mundo, a recuperação econômica se dá de forma mais visível repercutindo em um cenário mais benigno para o futuro.

Diante do momento, o Itaú BBA, sugere alocações dentre as duas principais estratégias de alocação:

  • Defensivo, compondo empresas que possuem boa previsibilidade de geração de caixa, distribuição de dividendos e boa expectativa sobre os resultados trimestrais no curto prazo, como sugestão, a casa recomenda Equatorial.
  • Potencial, com foco em empresa com bom potencial de valorização associado a algum risco, como: empresa que depende de algum evento (aquisição, fusão, etc); ou passando por reestruturação; ou ações que estejam desvalorizadas. Neste caso, o research sugere empresas como Iguatemi, BR Distribuidora, B3 e Rumo.

Genial Investimentos alerta que surpresas podem surgir

A Genial lembra que maio historicamente é um mês difícil para as ações no país. O verão se aproximando no Hemisfério Norte faz com que os mercados de ações fiquem mais suscetíveis a realização de lucros pela diminuição do número de negócios. No patamar externo não surgem grandes novidades. Destaque para os Bancos Centrais que mantém suas atuações de estímulos aos mercados e os novos pacotes de ajuda à população americana.

Eles acreditam que parte da “bonança” dos mercados de ações americanos pode já estar precificada, o que pode levar o mercado a buscar proteção e diminuir suas posições na espera de um ponto de inflexão. No Brasil, os avanços políticos trazem um clima mais construtivo com a aprovação do Orçamento de 2021. Eles alertam que é preciso ficar atento, pois surpresas podem surgir no meio da caminho. Confira as recomendações, aqui.

        


Como encontrar as principais recomendações do mês? 

No Clube Acionista você tem a facilidade de encontrar tudo em um só lugar. A nossa plataforma de carteiras recomendadas é a mais completa do mercado, possuindo relatórios, análises e recomendações de mais de 20 equipes de analistas das principais corretoras, casas de análises e bancos do país.

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