Logo no começo de 2021, a Sanepar já é alvo de uma série de incertezas por parte dos investidores. Estas vão desde a forte seca enfrentada pelo Paraná, até o fato de que a companhia voltou a sofrer com problemas regulatórios e reajustes tarifários abaixo do esperado.
Em 29 de dezembro, o conselho diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) definiu um reajuste de 5,11236% para a empresa. A taxa deveria valer a partir de 20 de maio do ano passado, mas sofreu diversos atrasos por conta da pandemia e será aplicada somente a partir de 5 de fevereiro deste ano.
Em agosto, a Agepar chegara a homologar um reajuste 9,6299% da tarifa, em linha com a proposta inicial da companhia. Porém, o governo paranaense pediu a suspensão da aplicação. Desde então, as partes vinham negociando os termos da revisão, até que, na última semana, foi definida a taxa, mais baixa, de 5,11236%.
O reajuste mais brando foi possível por meio da exclusão do pagamento de um passivo de 2017. Naquele ano, o órgão regulador decidiu dividir em oito anos o reajuste tarifário de 25,6%. Isto acabou gerando muita insatisfação no mercado na época e, desde então, todo ano os acionistas vivem incertezas sobre o pagamento das parcelas diferidas.
Segundo uma fonte da empresa, ao não pagar o percentual diferido, a Sanepar está apenas acumulando mais dívida, que pode se tornar impagável no futuro.
Impacto: Marginalmente Negativo. Desde 2017, quando foi excluído o pagamento de um passivo e parcelado em oito anos, iniciou-se uma certa incerteza por parte dos investidores da Sanepar. Isto porque a companhia apenas acumula uma dívida que se torna cada vez maior e mais difícil de ser quitada futuramente. Em fevereiro desse ano, passará a ser aplicada um novo reajuste tarifário, que já sofreu bastante atraso.
