Expectativa de que a recuperação econômica continuará em meio à retomada da atividade e injeções de liquidez ao redor do globo sustenta alta das bolsas e recuo do dólar mesmo diante de sinais mistos sobre taxas de infecção pelo Covid-19. No Brasil, Marco legal do saneamento deve ser votado nesta semana.
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🌎 INTERNACIONAL: Expectativa de retomada nutre alta nas bolsas e queda do dólar
Bolsas europeias e S&P futuro operam em alta com o mais recente avanço nas discussões comerciais entre os EUA e a China e as negociações de estímulo na Europa. Atenções se voltam para negociações nesta sexta sobre o programa proposto pela União Europeia de 750 bilhões de euros para ajudar as economias a se recuperarem dos bloqueios. Futuros de ações dos EUA avançaram depois que a China disse que planeja acelerar compras de produtos agrícolas americanos para cumprir o acordo comercial da primeira fase. Após uma breve correção do otimismo na semana passada, os mercados acionários ensaiam retomada do rali, mas incerteza sobre a rapidez com que as economias podem emergir da crise podem gerar volatilidade, em meio ao vencimento de opções e futuros de índices e ações hoje. Petróleo tem 2ª alta seguida e WTI supera os US$ 40 com recuperação da demanda a caminho; cobre e níquel sobem em Londres.
🔰 ECONOMIA/PODER: Marco legal do saneamento deve ser votado nesta semana
• O Senado tenta votar o adiamento das eleições municipais na terça. O tema não conta com consenso e parte do Centrão quer o adiamento para 2022. Outro item importante da pauta é a Lei do Saneamento. Entre as MPs que serão analisadas pela Câmara está a que trata do setor de aviação. O TSE julga nova ação contra a chapa Bolsonaro-Mourão. Bolsonaro pode anunciar o novo ministro da Educação.(Arko)
• Após as medidas emergenciais para conter os efeitos mais dramáticos da pandemia, a equipe econômica prepara a retomada das reformas estruturais. A reformulação das políticas sociais deve ser um dos focos nessa fase, mas também estão na mesa iniciativas para simplificar a vida de empresas. Um dos pontos da agenda é promover uma “grande desregulamentação”. Técnicos estão fazendo um pente-fino em normas e obrigações de vários setores. A ideia é retirar, simplificar ou reduzir obrigações com o objetivo de facilitar a retomada para empresários. (Estadão)
• Na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, há consenso de que a adoção de novas medidas é essencial para impulsionar a economia e de que a sinalização de compromisso com a agenda de reformas será decisiva para que investidores confiem no país. Além da desregulamentação, o governo vai centrar seus esforços num primeiro momento em mudanças de marcos legais, como saneamento, setor elétrico, ferrovias e independência do Banco Central. Muitas dessas propostas já estão no Congresso, mas estão travadas diante das dificuldades do governo em consolidar uma base de apoio no Parlamento. (Estadão)
• Segundo um levantamento do pesquisador do Ibre/FGV, Marcel Balassiano, com base nos dados da Pnad Contínua, o número de brasileiros desempregados, mas que ficaram impedidos de buscar trabalho por problemas pessoais – sobretudo por estarem doentes – saltou de 3,3 milhões no trimestre até fevereiro para 4,7 milhões até abril. São perto de 1,4 milhão de pessoas, aumento de 45%. Essa alta é bem maior que a do número de desalentados, aqueles que deixaram de procurar trabalho por acharem que não iriam encontrar nova colocação, que cresceu 7% no mesmo período. (Estadão)
• O governo estuda uma nova linha de crédito para microempresas e para trabalhadores autônomos. A ideia é oferecer esse dinheiro diretamente por meio das maquininhas de cartão de crédito e débito. O recurso seria lastreado em recebíveis das vendas. Seriam oferecidos até R$ 10 bilhões, com recursos garantidos pelo Tesouro (O Globo)
📆 – AGENDA DO DIA
Economia do Brasil
• 15:00: Balança comercial semanal até 21/jun., ant US$ 1,6 bi
Economia dos EUA
• 11:00: Vendas de casas existentes de maio, est. 4,09 mi, ant 4,33 mi
📊 Eventos corporativos (Balanços)
• Banco Central (BC) inicia rolagem dos contratos de swap de 3/agosto com oferta de até 12.000 contratos, das 11:30 às 11:40.
📊 EMPRESAS: Construção civil e do mercado imobiliário apostam que serão fundamentais para a retomada da economia
CONSTRUÇÃO CIVIL: Os setores de construção civil e do mercado imobiliário apostam que serão fundamentais para a retomada da economia no pós-pandemia. Por injetarem recursos e gerarem empregos, rapidamente, para mão de obra sem qualificação, têm potencial de absorver parte dos desempregados e fazer a roda do consumo girar. Contudo, temem que os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, de proteção aos inadimplentes, tirem a capacidade de investimento no setor. José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), diz que a Caixa fez as contas e viu que podia dar uma carência para pagamento.
CONSTRUÇÃO CIVIL: Autor de um dos PLs sobre o Minha Casa Minha Vida (MCMV), o senador Rogério Carvalho (PT-SE) explica que o governo permitiu postergação de pagamento nos contratos do MCMV, à exceção da Faixa 1. “Isso porque este governo tem a filosofia de que tudo que dá tem de tirar. No caso da Faixa 1, financiada com recursos do Tesouro Nacional, a alegação é de que, como os beneficiários recebem abono salarial e auxílios, não precisariam da suspensão do pagamento”, critica. Ele propôs a suspensão do pagamento por quatro meses para todas as faixas e pretende pedir para pautarem o projeto nesta semana. O parlamentar lembra que o deficit habitacional do país ronda 6 milhões de moradias.
EMBRAER (EMBR3): O empréstimo emergencial de até pouco mais de R$ 3 bilhões da Embraer junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e um sindicato de bancos comerciais consolidará a fabricante de aeronaves como a segunda maior cliente da instituição de fomento no século 21, atrás apenas da Petrobras. De 2004 a 2019, são R$ 51,274 bilhões em financiamentos do BNDES para a Embraer, conforme dados publicados pela primeira vez em 2017 e atualizados na quinta-feira, 18. Com a nova operação, anunciada na segunda-feira, 15, como resposta à crise causada pela pandemia de covid-19, o valor passará de R$ 52 bilhões. O BNDES ficará com a metade da nova operação sindicalizada. O valor final dependerá da definição dos bancos comerciais que integrarão o sindicato. A operação terá até US$ 300 milhões (em torno de R$ 1,6 bilhão, pelo câmbio desta sexta-feira, 19) do BNDES e até o mesmo valor dos demais bancos. Se eles entrarem com menos do que o teto, o BNDES também emprestará menos.
JBS (JBSS3) BRFOODS (BRFS3): O Departamento de Alfândegas da China (GAAC, na sigla em inglês) suspendeu a importação de frango de uma fábrica da norte-americana Tyson Foods. Segundo o Departamento, a medida deve-se à a confirmação de casos do novo coronavírus entre os funcionários da unidade. O anúncio, divulgado neste domingo, não forneceu detalhes sobre a localização da planta ou do volume importado de carne afetado pela medida. A Tyson Foods é um dos principais processadores de carne de frango e suína dos Estados Unidos. Até o momento, a companhia não se pronunciou sobre a medida. Em paralelo, uma fábrica da PepsiCo suspendeu a produção e foi desinfetada depois que um caso foi confirmado em 15 de junho, anunciou a empresa em uma entrevista coletiva neste domingo. Segundo o relatório, 480 pessoas foram isoladas e tiveram resultado negativo para a covid-19. Fonte: Associated Press.
Por: Genial Investimentos
Fontes: Arko Advice, Reuters; Folha; Valor Econômico; Bloomberg; O Globo; Money Times; Broadcast.