O Copom argumenta que tal estratégia “suaviza os efeitos diretos decorrentes das mudanças tributárias, mas incorpora seus impactos secundários sobre as projeções de inflação relevantes para a decisão de política monetária”. Na prática, o BC estaria excluindo o primeiro trimestre de 2023 quando, teoricamente, a reversão das medidas tributárias adotadas este ano vão bater na inflação. “Usou da criatividade. Foi a maneira encontrada para justificar o fim do ciclo de aperto”, afirmou Goldenstein, lembrando que o mandato, porém, é o ano calendário.
O estrategista explica que, não fosse assim, o BC não teria como encerrar o processo de ajuste da Selic, na medida em que sua projeção de IPCA para o ano que vem subiu a 4,6%, de 4% no último Copom. A meta de inflação para 2023 é de 3,25%, com banda superior de 4,75%.
O comunicado deixa ainda um pequeno espaço para “um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião”, mas para Goldenstein “a barra para uma nova elevação agora está alta”.
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