A Movida divulgou seu resultado referente ao 3T20 na noite de ontem. Entre os principais destaques do RAC, estão:
• A receita bruta do RAC no 3T20 foi de R$ 305 milhões, um aumento de 48% em relação ao 2T20 devido ao forte aumento da demanda após a flexibilização de medidas restritivas trazidas pela pandemia;
• Houve adição de frota e gradual recuperação de produtos eventuais, com ganho de aproximadamente 10 p.p. na taxa de ocupação e 18% no ticket médio;
• Na comparação ano a ano, a receita foi 10% menor devido à queda da diária média trazida pela maior participação de produtos mensais no mix. A menor frota operacional foi compensada pelo recorde na taxa de ocupação, que foi de 82,7%, trazendo crescimento no volume de diárias;
• O lucro bruto de RAC do 3T20 foi de R$110 milhões com expansão de 127% em relação ao 2T20, trazendo uma margem 12,9 p.p. melhor. A retração de 12,6 p.p. na margem bruta em relação ao 3T19 é reflexo do menor faturamento e do aumento da depreciação, também refletido no EBIT. Houve uma diminuição de 3% das despesas gerais e administrativas, auxiliando no aumento de 4,6p.p na margem EBITDA no período.
Na Gestão de Frotas (GTF):
• Houve uma retomada do crescimento no GTF em relação ao 2T20, com adição de 531 carros na frota operacional. O pipeline comercial segue aquecido, contando com mais de 20 mil carros no final do trimestre. A receita por carro se manteve praticamente estável; assim como o número de diárias em relação ao 2T20 devido à renovação parcial e ganho de novos contratos. Em relação ao 3T19, o aumento de 7% na receita líquida de GTF reflete a adição de 2.590 carros na frota operacional. Houve uma otimização do giro de ativos no período, com aumento da frota operacional maior que o da frota total;
• Houve um ganho de margem bruta de 2,8 p.p. em GTF no 3T20 em relação ao 3T19 devido ao ganho de escala da operação, chegando a 52,8%. As despesas gerais e administrativas aumentaram 1,4% contribuindo para uma expansão de 4,8 p.p. na margem EBITDA na comparação anual chegando ao recorde histórico no EBITDA por carro. A comparação em relação ao 2T20 reflete a normalização das atividades, com o retorno dos gastos e a margem EBITDA retomando níveis de 66%.
Nos Seminovos:
• A receita líquida de Seminovos expandiu 10% no 3T20 versus o 3T19 devido ao aumento do ticket médio em 13%; chegando ao recorde histórico de R$45.290. Houve um efeito mix da venda de carros, além de uma retomada da participação do canal de vendas do varejo e de aumentos sequenciais de preço em todo o estoque, chegando a patamares acima dos níveis pré-pandemia no final do trimestre. O volume de 14.321 carros vendidos indica retorno do giro do ativo para patamares normalizados;
• A margem bruta do 3T20 foi de 6,9%, uma adição de 2,5 p.p. em relação ao ano anterior e de 0,6 p.p trimestre a trimestre devido principalmente ao aumento de preços. As despesas administrativas foram diluídas versus o 3T19, gerando uma expansão de 2,4 p.p. na margem EBIT.
No consolidado:
• O lucro líquido aumentou mais de 14x trimestre a trimestre, apresentando uma margem líquida de aluguéis de 9,4%. A margem bruta consolidada do 3T20 foi 3p.p. menor versus o 3T19 devido ao impacto do coronavírus especialmente em RAC (rent-a-car). Além disso, houve uma maior participação de Seminovos, que tem margens menores, na composição do lucro bruto total. As margens EBIT foram impactadas pela maior depreciação no período, refletindo a cautela adotada durante a pandemia.
Impacto: Positivo. A Movida novamente mostrou um grande avanço da demanda. No segmento Rent a Car, a receita ainda sofre uma retração comparada ao 3T19, devido a pandemia. Ainda assim, esta queda foi compensada por um ganho expressivo da taxa de ocupação. O GTF foi o menos impactado pela crise, e segue retomando volumes de forma gradual. Já o de Seminovos foi o grande destaque do trimestre, com crescimento da receita. No entanto, este último possui a menor margem. Seguimos positivos para o papel agora com novas notícias de vacina e épocas de pico na demanda se aproximando.
