Siderurgia
Após EUA, europeus também ameaçam barra aço do Brasil
O anuncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retomada das sobretaxas para o aço e alumínio brasileiro, acendeu um alerta para a indústria siderurgia europeia para também aumentar barreiras à entrada do produto brasileiro. A Eurofer, associação dos produtores siderúrgicos da Europa, afirma que se Brasil e Argentina não puderem mais exportar para o mercado americano, o produto acabará sendo desviado para a Europa, fragilizando ainda mais a indústria na região.
A medida seria a criação de uma proteção mais robusta e passa pela redução das cotas de importação, em linha com a menor demanda atual e projetada na economia europeia. A União Europeia aplicou salvaguarda contra o aço estrangeiro em agosto de 2018, em seguida a decisão da Casa Branca de impor sobretaxa de 25% sobre grande parte do aço importado.
CSN anuncia reajuste de 10% no aço a partir de 2020.
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vai reajustar em 10% os preços dos aços que fabrica a partir de 1º de Janeiro, informou o diretor executivo comercial e de logística, Luiz Fernando Martinez. O aumento abrange tanto aços planos quanto aços longos. A nova tabela vai atingir os consumidores de distribuição, construção civil, fabricantes de tubos e indústria em geral. Para as montadoras de automóveis, as negociações estão em fase final, com previsão de reajuste entre 5% a 7,5%.
Dentre os motivos apontados pelo diretor para o reajuste estão a alta do dólar e o prêmio negativo entre o produto nacional em relação ao importado (cerca de 4% a 6%).
Automóveis
Governo brasileiro deverá fechar um acordo automotivo com o Paraguai a ser anunciado durante a cúpula de chefes de Estado do Mercosul, que acontece em Bento Gonçalves (RS). Os negociadores dos dois países aproveitam o encontro para acertar os últimos detalhes. Um dos pontos em negociação com os paraguaios é a importação de carros usados.
Bancos
“Open banking”, sistema que vai permitir o compartilhamento de dados bancários de clientes, é a aposta do Banco Central para fomentar a concorrência no mercado financeiro porque coloca bancos e fintechs em pé de igualdade, afirmou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello.
Saneamento
A falta de acordo em relação à pauta do Congresso contaminou ainda o ritmo de trabalho da Câmara e do Senado. Não houve sessão deliberativa em nenhuma das duas Casas nesta terça. Os líderes da Câmara consideram pouco provável que o novo marco do saneamento possa ser votado nesta semana. Ainda não há texto de consenso e o mais provável é que a apreciação do tema fique para semana que vem. Os partidos de centro resistem ao texto do relator, que endurece a regra para renovação dos atuais contratos de programa e conta com apoio de Rodrigo Maia.
