Por Luiz Antônio Gaulia, Colunista de Plurale

Há décadas, quando os começamos a falar sobre aquecimento global e destruição da camada de ozônio, nem todas as empresas prestaram atenção. Era uma novidade ainda distante da realidade das folhas de pagamento, das metas de produção e do atendimento aos clientes. Hoje, com a chegada dos créditos de carbono (uma espécie de moeda ambiental), que vêm sendo amplamente discutidos e até negociados, ao mesmo tempo em que as questões ambientais já fazem parte da agenda global corporativa e de governos, causa espanto a proliferação de ações e de promessas feitas a partir de um olhar simplista de comunicação só para “sair bem na foto” (ou na selfie?). Todo mundo quer ser verde, eco-isso ou eco-aquilo: quer ser bonito e até anda pintando a marca com as cores do arco-íris se preciso for, não é assim? Ou seja: pulamos do greenwashing para o ESGwashing de forma acelerada. Talvez nem tanto por má-fé, mas por desconhecimento quase total sobre o tema.

Mesmo companhias públicas ou privadas que faziam propaganda de suas boas ações, de seus compromissos reais com a responsabilidade social, ambiental, econômica e de governança, não dominavam de fato o assunto. Em reuniões de gestores, da diretoria e de conselhos ficava claro que havia múltiplas formas de entendimento sobre o assunto. Poucas empresas estão realmente compreendendo como a sustentabilidade, a tal economia verde e agora o tema ESG se relacionam, de fato, com o DNA dos seus negócios.

Conhecer mais e aprender a ser ESG

É de vital importância conhecer melhor não só o negócio, o ambiente e seus riscos, recursos e redes de relações, mas também compreender as vertentes nas quais uma grande marca, uma empresa, pode de fato mergulhar nessa temática e sair dela com uma bagagem mais valiosa, com conhecimentos e potenciais a serem explorados e compartilhados com a sociedade em geral. O aprendizado corporativo é um aliado das organizações na conquista de cada degrau de evolução e de mudança de patamar, quando o tema é a sustentabilidade.

Aprender mais sobre ESG – e traduzir para as equipes o que significa esse horizonte a ser conquistado – exige que a empresa se torne uma learning organization, ou seja, uma organização em processo de aprendizagem. E que não aprende somente com bons exemplos, mas também com os erros cometidos por outras empresas na construção de uma agenda ambientalmente responsável, socialmente coerente com as demandas de múltiplos stakeholders, financeiramente viável e valiosa para investidores e parceiros de negócios. E sobretudo modelar em sua governança: transparente, confiável e fortalecedora da reputação da marca.

Ou seja, o primeiro passo para estabelecer uma jornada ESG realmente sustentável é o aprendizado das pessoas que trabalham na empresa sobre o papel de cada um nessa nova construção.

O futuro em aberto

Por isso é tão importante perceber que, nesse cenário, existe uma grande oportunidade em cada um dos diferentes setores da economia: na indústria, nas áreas de energia e de logística, na siderurgia, nas áreas de química e de farmacêutica – e por aí vai. A pergunta que já vem sendo feita é: qual a marca que é Top of Mind em ESG? Qual a marca mais lembrada quanto o assunto é ESG? Já pensou em conquistar esse título? Em agregar “valor” à marca de forma certeira, buscando uma pontuação autêntica e comprometida com os preceitos ESG?

Mas podemos também mudar a pergunta: o quanto uma marca pode se beneficiar de uma estratégia de sustentabilidade 100% ESG? Bem, eu diria que pelo menos em 99%, porque ninguém vai ser perfeito, nunca.

Ora, ao descobrir qual é o seu principal foco de atuação na área de sustentabilidade, ter um diferencial de atuação e manter um propósito direcionado em sua jornada ESG, a marca vai ganhar maior lembrança, uma visibilidade admirável e um capital reputacional ainda maior. Quanto menos riscos, mais credibilidade. Quanto menos telhados de vidro, mais prestígio e fama – atributo que, hoje em dia, repercute com grande força nos meios digitais.

Mas a gente não ia salvar o mundo? Ora, claro que íamos. Mas é melhor começar a salvar o negócio, as relações mais próximas. Dar conta da administração dos negócios, das boas relações com os clientes, ao cumprir as promessas feitas; das boas relações com toda a vizinhança das fábricas; de cuidar de fato dos empregados, das pessoas, inovando, gerando lucro e defendendo uma agenda positiva. E, ainda por cima, ser lembrada como a empresa Top of Mind em ESG! Quem não quer?

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