A OIT aponta ainda que, nos países mais ricos, os níveis de pobreza relativa entre os trabalhadores informais deve aumentar 52 pontos porcentuais, enquanto naqueles de renda média o crescimento é estimado em 21 pontos porcentuais.
“Até 1,6 bilhão dos 2 bilhões de trabalhadores da economia informal são afetados pelo lockdown e por medidas de isolamento”, alerta a OIT, complementando que a maioria deles trabalha em setores mais atingidos, como alimentação e varejo, ou em “pequenas unidades mais vulneráveis a choques”.
O fato de que muitos dos informais precisam trabalhar para alimentar suas famílias ameaça os esforços para proteger a população e combater a pandemia. “Isso pode ser uma fonte de tensão social nos países com grandes economias informais”, alerta a entidade.
Nesse quadro, a OIT defende uma estratégia em várias frentes para lidar com a saúde e o impacto econômico da pandemia.
Entre as recomendações estão o estabelecimento de políticas que reduzam a exposição dos trabalhadores informais ao vírus; a garantia de que os infectados tenham acesso a cuidados de saúde; o fornecimento de apoio à renda e para a alimentação dessas pessoas e suas famílias; e medidas para evitar estragos às economias locais.
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