Uma das operações de privatização mais aguardadas do setor elétrico, é a venda da Cemig, uma promessa de campanha do governador Romeu Zema (Novo). No entanto, o Executivo mineiro tem tido dificuldade de avançar com o tema, que depende do Legislativo estadual. Pesa também a resistência da população à venda da empresa.

Em sondagem feita pelo Estado, 55% dos entrevistados se disseram contrários à venda da empresa ao setor privado. “Já iniciamos um trabalho de comunicação. (A privatização) vai acontecer, sim, mas pode demorar mais do que o esperado e ter alguns reveses até esse caminho”, disse o governador, em um evento recente.

Na semana passada, o presidente da Assembleia Legislativa mineira, Agostinho Patrus (PV), chegou a declarar à imprensa local que faltam clareza, diálogo e entendimento para que projetos de privatização, como esse da Cemig, consigam ser aprovados.

Numa sinalização da dificuldade que enfrenta, o governador mineiro passou a sinalizar a venda de subsidiárias da Cemig ao longo do primeiro semestre de 2021. Desta maneira, disse, a estatal teria recursos para fazer investimentos necessários ao atendimento elétrico.

De acordo com Zema, a Cemig precisaria de aporte de R$ 15 bilhões para aplicar na infraestrutura necessária para atender adequadamente todo o território mineiro, recursos que o estado não tem.

Na opinião de Gabriel Francisco, da XP, é justamente o cenário fiscal cada vez mais deteriorado que pode colocar pressão política para avançar na pauta de privatização da Cemig. No entanto, ele reforça que a dificuldade de interação entre legislativo e executivo causa dificuldades. “Vemos bastante complexidade na privatização.”

Celesc

Outra estatal que pode vir a ser privatizada é a catarinense Celesc, mas o caso é visto mais como uma possibilidade do que como uma operação provável. O governador Carlos Moisés (PSL) tem negado a intenção de privatizar a empresa elétrica, embora já tenha afirmado que a venda vai ocorrer “no momento certo”.

Caso avance, a EDP Brasil está bem posicionada para assumir o controle da companhia. A empresa alcançou 29,9% de participação na estatal, fatia que tem crescido ao longo do tempo, e já declarou considerar um investimento estratégico para seus planos no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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