A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou que a safra do café produzido no Brasil este ano é influenciada pela bienalidade negativa. Além disso, é afetada pelas más condições climáticas. O que levou a uma queda de mais de 20 % em relação a 2018. Com uma produção total estimada em 48,99 milhões de sacas beneficiadas.
De acordo com a pesquisa, o fenômeno atinge de forma mais intensa a espécie arábica. Os cafezais sofreram ainda a incidência de altas temperaturas. Ao mesmo tempo em que o ciclo vegetativo sentiu a falta de chuvas em um período importante do desenvolvimento da cultura. Fazendo com que as estimativas de rendimento médio fossem ainda menores.
Quanto à área em produção, os números esperados seguem inferiores aos do ano passado. Com diminuição de 2,8% e alcance de 1,8 milhão de hectares. O estudo atribui este fato também à bienalidade negativa. Já que os produtores aproveitam este período para realizar tratos culturais nas lavouras. Portanto, desta forma, reduzem a área em produção.
A informação quanto ao arábica revela a produção de 34,47 milhões de sacas. Uma redução de 27,4% em comparação com a safra de 2018. Já o conilon deve chegar a 14,52 milhões de sacas, mas com aumento de 2,5% frente ao mesmo período.
Os baixos números da safra tiveram reflexo inclusive nas exportações brasileiras, que também retraíram. Em agosto, atingiram cerca de 3,2 milhões de sacas de 60 kg. O que representa redução de 9,5% em relação ao mesmo período no ano passado.
Produção nos estados
Maior produtor de café no país, o estado de Minas Gerais deve colher uma safra menor este ano, de 24,52 milhões de sacas, com redução de 26,5%. Isso é reflexo da diminuição da área em produção e menor rendimento médio da cultura em todas as áreas produtivas.
Já o Espírito Santo, que tem a maior produção de conilon. Deverá ter um crescimento de 14,8% na produção da espécie, influenciado por melhores condições climáticas e aumento de área produtiva.
Por outro lado, a produção de arábica, que corresponde a 23% da produção capixaba. Terá quebra de 33,6%, o que puxa o volume produzido de café no estado em 2%, quando comparado à safra passada.
Os demais estados produtores, da mesma forma, projetam o efeito negativo do fenômeno da bienalidade. Com queda de produção frente ao alcançado na safra passada, com exceção de Goiás e Mato Grosso que obtiveram crescimento de produção de cerca de 21% e 16% respectivamente.
Na sequência de maior produção de sacas beneficiadas, vêm São Paulo (4,37 milhões), Bahia (2,80 milhões), Rondônia (2,10 milhões), Paraná (950 mil), Rio de Janeiro (276 mil), Goiás (236 mil) e Mato Grosso (121 mil).
(MR – Agência Enfoque)
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