No mercado internacional, principalmente na China, os preços de celulose de fibra curta estão seguindo uma tendência de queda.
Esta trajetória se deu com a elevação de estoques nos principais portos chineses, além da forte queda do consumo global no papel de imprimir e escrever.
Caso não ocorra um movimento significativo de paradas para manutenção ou comerciais ou o fechamento de capacidades de alto custo já a partir do terceiro trimestre, o desequilíbrio deverá seguir pressionando as cotações.
A queda dessa semana foi a maior observada em cerca de um ano, e isso levou a cotação a um nível consideravelmente abaixo do custo de produção marginal de celulose, que era estimado em cerca de US$ 500 e US$ 520 a tonelada.
Isto indica que muitos dos produtores já estão operando com custos acima do preço de mercado.
A Suzano e Klabin, no entanto, compõem o grupo de menores custos de produção do mundo, e por isso não se enquadram nas características citadas acima.
Em relatório publicado por uma casa de análise, os analistas ressaltam que o nível corrente de preços não surpreendeu os participantesde mercado, isso porque desde meados de junho haviam sinais de deterioração.
Tal deterioração levou os preços de revenda de celulose de eucalipto na China ao intervalo de US$ 413 a US$ 415 por tonelada na semana passada.
Impacto: Marginalmente negativo. Com dólar em patamares mais estáveis, passamos a olhar para exportadoras em geral com maior cautela. Além disso, as companhias do setor de papel de celulose vem sendo impactadas pelo excesso de volume de celulose de fibra curta nos principais portos chineses e queda no consumo global do papel de escrever e imprimir. A queda do preço, no entanto, já era em parte esperada devido aos sinais de deterioração no mês passado.
