Em março deste ano, a queda da indústria foi de 9,1%, menor apenas que o recuo de 11% registrado em maio de 2018 (greve dos caminhoneiros). Em abril a expectativa é de que a retração seja ainda maior, já que o impacto em março foi observado com mais força nas últimas duas semanas do mês.
Segundo Macedo, em 2018 o forte recuo da indústria se deu apenas no mês de maio e depois houve recuperação, enquanto para este ano a motivação é a pandemia do novo coronavírus (covid-19) e não há certeza de quanto irá durar.
Ele prevê que pelo menos março, abril e maio sejam afetados de acordo com indicações como férias coletivas em alguns setores, continuidade de isolamento social e redução da produção.
Segundo Macedo, em alta de produção na indústria estão produtos ligados à situação atual, como papel higiênico, absorventes, fraldas, desodorantes, sabões, detergentes, xampus, seringas, agulhas, luvas de borracha, artefatos de proteção e caixões, “mas são insuficientes para trazer a categoria para o crescimento”, afirmou.
Os alimentos, em elevação na comparação anual (3,4%) mas em queda na mensal (-0,5%) também mostram que estão sendo demandados, principalmente devido a isolamento social, com mais pessoas cozinhando nas residências, “mas são itens isolados que não conseguem reverter o quadro de queda da indústria”, explicou.
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