O PIB anualizado dos EUA registrou um crescimento de 2,3% no quarto trimestre de 2024, conforme esperado pelos analistas, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Bureau of Economic Analysis (BEA).

A segunda estimativa do trimestre revela uma desaceleração da economia norte-americana em comparação com o crescimento de 3,1% observado no terceiro trimestre.

Além disso, o índice de inflação anualizado, medido pelo PCE, aumentou 2,3%, mantendo-se igual ao valor da primeira leitura. Ao excluir os preços de alimentos e energia, o núcleo do PCE subiu 2,7%, comparado ao aumento de 2,5% registrado na última medição.

Aposta do Fed em manter juros dos EUA estáveis

O mercado de ações e o dólar recentemente sofreram com dados econômicos norte-americanos mais fracos do que o esperado.

No dia 29 de janeiro, o Federal Reserve (Fed) decidiu manter as taxas de juros entre 4,25% e 4,5% ao ano, durante sua primeira reunião sob a administração do presidente Donald Trump.

A expectativa é de que o banco central adie novos cortes nas taxas pelo menos até a reunião de junho, embora os analistas ainda se dividam sobre qual ação o Fed tomará.

Após a reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que o banco pode esperar para retomar o ciclo de cortes, devido às incertezas econômicas ligadas às políticas do novo governo, que têm o potencial de gerar pressões inflacionárias.

Outros membros da autoridade monetária reforçaram a cautela de Powell, embora alguns discordem, afirmando que não seria necessário esperar tanto tempo.

Desde o início de seu governo, Trump tem ameaçado aplicar tarifas comerciais de até 25% sobre diversos países, incluindo Canadá, México e a União Europeia. No entanto, muitos analistas permanecem céticos quanto à efetividade dessas medidas.

A próxima semana, com o vencimento do adiamento para México e Canadá, será crucial para avaliar se as tarifas serão impostas. Na quarta-feira (26), Trump declarou que pretende aplicar tarifas à União Europeia em breve, embora até agora apenas tarifas de 10% sobre produtos chineses estejam em vigor.

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