A Petrobras divulgou um resultado em linha com a expectativa do consenso.

Entre os principais destaques, estão:

• O Brent em reais caiu 29% em relação ao 1T20, intensificando a tendência que começou em março. As medidas de distanciamento social refletiram uma redução no volume de vendas de 8%. Praticamente todos os produtos foram fortemente afetados, levando a uma queda de 33% na receita líquida no 2T20; com destaque para a exportação de óleo e derivados, diesel, gasolina e QAV, parcialmente compensados pela depreciação cambial;

• Destacaram que, graças à rápida reação à crise e à implementação bem-sucedida da estratégia, tiveram um grande volume de exportações no 2T20, as quaisnão foram totalmente traduzidas em receitas, havendo 38MMbbl de exportação de petróleoem andamento;

• No mercado externo, as exportações de petróleo para a China cresceram significativamente já que esta foi mais afetada pela COVID-19 no 1T20; retomando suas atividades no 2T20, o que aumentou a demanda por petróleo. Isto também evidencia a forte relação comercial com o país;

• Na comparação com o 1T20, o CPV caiu 26% no 2T20 devido, principalmente, à redução nos custos de produção visto que tiveram menores participações governamentais, as quais são diretamente relacionadas ao preço do Brent. O aumento da produção de Búzios no mix também contribuiu para isso. As importações apresentaram queda (volume e preço), em vista da contração da demanda no Brasil, levandoa reduções de custos;

• O EBITDA caiu 33% quando comparado ao 1T20, atingindo R$ 25 bilhões. Além da queda de 29% no Brent em reais; a alta volatilidade do mercado de óleo e gás e a contração da demanda global levou à redução nas margens de óleo e derivados. O volume de vendas também foi impactado negativamente;

• Tiveram uma perda líquida de R$ 2,7 bilhões no 2T20, uma melhora ante o prejuízo de R$ 48,5 bilhões no 1T20, principalmente devido à ausência de impairments no trimestre e ao ganho proveniente da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS após decisão judicial favorável, que teve um efeito de R$ 10,9 bilhões no resultado. Excluindo esses fatores, o resultado teria sido pior devido aos impactos da COVID-19 em nossas operações, com reflexo nos preços, margens e volumes.

Impacto: Marginalmente Positivo. O resultado da Petrobras veio em linha com o esperado, a receita ficou um pouco abaixo da expectativa do consenso, mas o Ebitda acima, mostrando uma melhora das margens. Com relação aos destaques positivos, vemos a forte geração de caixa, apesar do preço do petróleo em patamares mais baixos, o que manteve o endividamento da empresa em um nível estável. A redução nos investimentos foi natural, dado o período, e os volumes se mantiveram em patamares razoáveis, impulsionados pelas vendas para a China, que representaram quase 90%. No mercado interno, teve queda de cerca de 30% nos volumes, algo que já era esperado.

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