A Petrobras (PETR3)(PETR4) divulgou na noite desta quarta-feira (26) seus resultados financeiros do 4º trimestre de 2024, com um prejuízo líquido de R$ 17,0 bilhões.
O resultado contrasta fortemente com o lucro de R$ 31,0 bilhões obtido no mesmo período do ano anterior.
Desempenho financeiro pressionado por queda nas vendas e no EBITDA
A receita de vendas da Petrobras (PETR3)(PETR4) no quarto trimestre foi de R$ 121,26 bilhões, uma redução de 9,70% em relação ao ano retrasado.
Já o EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que mede a capacidade de geração de caixa da companhia, caiu 38,70%, a R$ 40,96 bilhões no trimestre.
Com isso, no acumulado do ano, o lucro líquido da estatal encolheu 70,6%, de R$ 124,6 bilhões em 2023 para R$ 36,6 bilhões em 2024.
A queda na produção e na venda de combustíveis, além do acordo tributário de R$ 45,0 bilhões, foram os principais responsáveis pelo resultado negativo.
Produção de petróleo e vendas de combustíveis pela Petrobras (PETR4) registram queda
O desempenho da Petrobras em 2024 foi impactado por uma redução de 3,00% na produção de petróleo, ao total de 2,70 milhões de barris de óleo equivalente por dia (considerados gás e petróleo).
A queda foi consequência de paradas para manutenção em plataformas marítimas.
Além disso, a estatal viu suas vendas de combustíveis recuarem:
- Gasolina: queda de 4,10%
- Diesel: redução de 2,80%
Lula e Magda Chambriard reforçam plano de investimentos
Nas últimas semanas, a Petrobras (PETR3)(PETR4) tem intensificado anúncios de investimentos, com eventos patrocinados ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A estratégia busca reforçar a imagem da estatal como um motor do desenvolvimento industrial e da geração de empregos no Brasil.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, tem enfatizado a aceleração dos investimentos e o apoio à indústria nacional, e, com essa postura, alinha-se à visão desenvolvimentista dos governos petistas.
No ano de 2024, os investimentos totalizaram US$ 16,6 bilhões, com aumento de 31,00% na comparação com o ano anterior.
O avanço se deu, principalmente, por maiores gastos em projetos do pré-sal, de acordo com o comunicado. A gestão cita investimentos, em especial, nos novos sistemas de produção do campo de Búzios e na Revitalização do Campo de Marlim.
