O desempenho da Petrobras (PETR4) no quarto trimestre de 2024 trouxe uma grande preocupação ao mercado de ações brasileiro. A companhia, que antes era vista como um pilar de estabilidade no setor energético, reportou um prejuízo líquido de R$ 17 bilhões, revertendo um lucro de R$ 31 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior. Este resultado preocupante, cujas expectativas do mercado apontavam para um desempenho positivo, impactou fortemente a confiança dos investidores nas ações da empresa.

De acordo com análises divulgadas pela XP Investimentos, o prejuízo foi ameaçador e contrariou toda a expectativa de lucro de US$ 2,8 bilhões. O que mais assombrou os analistas foi não apenas a queda acentuada nos números, mas também a redução significativa do Ebitda, que ficou em R$ 40,96 bilhões. A cifra ficou bem abaixo da projeção de R$ 62 bilhões, indicando um intenso aumento nos custos e, consequentemente, repercutindo negativamente sobre o fluxo de caixa da estatal.

O capex da empresa também foi um ponto crítico. Os investimentos totais somaram US$ 16,6 bilhões, excedendo em 15% as previsões, e os analistas do Morgan Stanley observaram que a empresa não reduziu o guidance para 2025, que prevê um gasto de US$ 18,5 bilhões. Isso levantou suspeitas sobre a abordagem da Petrobras quanto à gestão de capital e distribuição de dividendos.

A decepção em relação aos dividendos foi um destaque importante. A companhia anunciou um pagamento de R$ 9,1 bilhões em proventos, o que representa menos do que o consenso de US$ 2,5 bilhões que muitos esperavam. Essa expectativa foi severamente frustrada, colocando ainda mais pressão sobre o preço das ações, que já estavam em declínio. O abaixo do esperado dividend yield de 1,7% resultou em reações negativas tanto de investidores quanto de analistas.

No entanto, o otimismo ainda pode estar presente. Enquanto alguns analistas falam em cautela em relação ao futuro próximo da Petrobras, outros, como os da XP e Ágora Investimentos, permanecem com recomendações de compra para suas ações, com estimativas de que o potencial de recuperação e distribuição de dividendos substanciais permaneçam viáveis a longo prazo. As projeções para 2025 indicam um rendimento de dividendos que poderia chegar a 12% a 15%, caso a situação se estabilize.

Diante das incertezas, é essencial que os investidores permaneçam atentos ao comportamento da Petrobras nas próximas semanas e meses. Diversificar a carteira pode ser uma estratégia importante, especialmente em tempos de volatilidade como esse. Para isso, recomendamos acompanhar mais de perto ações, fundos imobiliários, e estratégias de renda fixa com o auxílio do Clube Acionista, que permite filtrar oportunidades baseadas nas análises de especialistas do mercado e elaborar estratégias mais robustas para o seu portfólio.

Monitorar o panorama da Petrobras e dos setores relacionados deve ser uma prioridade para quem deseja navegar com eficiência o complexo mercado de ações brasileiro. Prepare-se para o que vem pela frente e encontre as melhores opções de investimento com os nossos insights e recomendações.

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