A crise afetou o plano de desinvestimentos da empresa. Até setembro, a Petrobras havia vendido apenas US$ 1 bilhão em ativos, contra US$ 16 bilhões do ano passado. A operação da Liquigás melhora um pouco esse cenário.
Anunciado no fim do ano passado, o negócio só foi aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em 18 de novembro. O órgão impôs algumas restrições, como a assinatura de um acordo de venda de ativos a empresas menores do mesmo setor pelos compradores.
Após o cumprimento das condições precedentes, a operação foi encerrada com o pagamento de R$ 4 bilhões para a Petrobras. O diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da estatal, Roberto Ardenghy, destacou que a operação está alinhada à gestão de portfólio da companhia, que tem buscado concentrar cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultraprofundas.
A Liquigás atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP) no Brasil. A empresa está presente em quase todos os estados brasileiros, e conta com 23 centros operativos, 19 depósitos, uma base de armazenagem e carregamento rodoferroviário e uma rede de aproximadamente 4.800 revendedores autorizados, tendo cerca de 21,4% de participação de mercado.
Ana Paula Saraiva destacou que haverá um período de transição, em que a Petrobras apoiará os compradores a assumirem o ativo com segurança operacional, sem que o atendimento aos consumidores fique em risco.
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