A pandemia da doença do coronavírus de 2019 (COVID-19) continuou a pesar sobre o desempenho do setor de serviços do Brasil, segundo dados do Markit Economics. Os dados de fevereiro indicaram que um segundo declínio consecutivo em novos pedidos impulsionou uma contração sólida da atividade de negócios e mais cortes nas folhas de pagamento. As empresas indicaram que um aumento acentuado das despesas levaram tais empresas a aumentar os preços de venda, com a taxa de inflação alcançando o maior patamar em 64 meses. De forma animadora, a confiança nos negócios se fortaleceu em meio a previsões de que o programa de imunização contra a COVID-19 beneficiará o crescimento da produção nos próximos 12 meses.

O Índice de Atividade de Negócios do setor de Serviços da IHS Markit para o Brasil permaneceu em território de contração em fevereiro. Elevando-se apenas fracionariamente de 47,0, em janeiro, para 47,1, o resultado mais recente foi consistente com uma taxa de redução sólida. Os participantes da pesquisa associaram a queda da produção amplamente à pandemia da COVID-19 e ao número reduzido de novos pedidos.

De fato, o volume de novos pedidos caiu pelo segundo mês consecutivo em fevereiro. A taxa geral de contração foi consistente e com pouca mudança em relação a janeiro. Muitos participantes da pesquisa observaram que a demanda por seus serviços foi reduzida pela pandemia da COVID-19.

Os dados subjacentes sugeriram que a queda no total de vendas se concentrou no mercado doméstico, pois novos negócios de exportação aumentaram na metade do primeiro trimestre. O aumento foi apenas moderado, em comparação à contração do período anterior da pesquisa.

As empresas de serviços brasileiras informaram alta de preços de alimentos, combustível, transporte, serviços públicos e de equipamentos de proteção individual (EPI) em fevereiro. A taxa geral de inflação dos custos permaneceu acentuada, apesar de se atenuar ao patamar mais baixo em quatro meses.

Devido aos aumentos acentuados das despesas operacionais nos últimos meses e aos esforços para proteger as margens, os preços cobrados pela prestação de serviços subiram em fevereiro. A taxa de inflação do preço de bens finais foi acentuada e acelerada ao patamar mais elevado em quase cinco anos e meio.

A combinação de baixo número de pedidos e iniciativas de redução de custos levou os prestadores de serviços brasileiros a reduzir o número de funcionários em fevereiro. A redução do índice de emprego foi a terceira em meses consecutivos, embora tenha sido, no geral, moderada.

Os dados de fevereiro indicaram um crescente grau de excedente de capacidade entre as empresas de serviços brasileiras. Isto ficou evidente pela redução acentuada e acelerada de negócios pendentes. O ritmo de redução foi, de fato, o mais acelerado desde maio de 2019. As empresas mantiveram uma perspectiva positiva em relação ao futuro.

Quase 41% dos participantes da pesquisa preveem o crescimento da produção nos próximos 12 meses, ao passo que 4% esperam uma contração. Aqueles que preveem uma expansão indicaram que o programa de imunização contra a COVID-19 deve conter a doença e apoiar uma recuperação econômica. Também houve menções de que as reformas do governo e esforços de marketing podem colaborar para o crescimento.

PMI Consolidado

A produção do setor privado caiu pelo segundo mês consecutivo em fevereiro, devido a um declínio acentuado na atividade de serviços. Contudo, o Índice Consolidado de dados de Produção* subiu de 48,9, em janeiro, para 49,6, sinalizando uma taxa de redução marginal. A contração foi contida por uma expansão acentuada e acelerada da produção.

Um panorama semelhante ficou evidente para novos pedidos, com um aumento mais acentuado das vendas de fábrica parcialmente equilibrando a sólida contração de novos serviços. Como resultado, as vendas do setor privado caíram a um ritmo mais lento no último mês.

Os dados de fevereiro indicaram declínios sucessivos no índice de emprego no setor privado, mas a taxa de redução de postos de trabalho se atenuou em relação a janeiro, permanecendo somente marginal. O sólido crescimento do índice de emprego no setor industrial contrastou com os novos cortes na economia de serviços.

A confiança nos negócios aumentou entre os fabricantes de produtos e prestadores de serviços, sendo os primeiros os mais otimistas. O nível combinado de sentimento positivo foi acentuado em comparação aos padrões históricos. As empresas do setor privado brasileiro indicaram mais um aumento nos preços de insumos em fevereiro.

Apesar da redução para o patamar mais baixo em cinco meses, a taxa geral de inflação dos preços foi acentuada. A taxa de inflação dos preços cobrados no setor privado aumentou para o patamar mais elevado da pesquisa, em fevereiro. Aumentos mais rápidos nos preços de venda foram registrados nos setores de produção e serviços, com o primeiro liderando o crescimento.

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