Nos dois cenários, contudo, o banco prevê pouco controle de gastos, um cenário internacional difícil, dado o aumento dos juros nas economias desenvolvidas, e inflação acima do centro da meta: 3,25% em 2023.
Com base na tendência, apontada pelas pesquisas de intenção de voto, de uma eleição polarizada entre Bolsonaro e Lula, sendo baixa a probabilidade de evolução de candidatura alternativa (terceira via), o Ourinvest considera que a vitória do atual presidente representaria a continuidade da política econômica atual, porém com tendência de mais gastos, o que pressionaria a inflação e, por extensão, os juros. Os efeitos da manutenção de um governo com imagem arranhada no exterior seriam negativos na confiança dos investidores, resultando em baixo ingresso de capital internacional no País, avaliaram os economistas do Ourinvest em apresentação à imprensa nesta quinta-feira.
Já se houver uma mudança de governo, ainda que com a volta de um partido que já governou o Brasil, os economistas do banco acreditam numa “onda de otimismo/esperança”, ainda que a “lua de mel” não deva ser duradoura por conta do desarranjo das contas públicas provocado pelo aumento provavelmente “notório” dos gastos.
A avaliação, neste segundo cenário, é de que Lula iniciaria o governo com capital político “indiscutível” e uma equipe econômica pró-mercado, buscando também melhorar a imagem institucional do Brasil. Como resultado, haveria restabelecimento da confiança, atração de capital e investimentos, com consequente crescimento econômico e apreciação do real ajudando a conter a inflação no ano que vem.
No frigir dos ovos, a previsão do Ourinvest ao Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 vai de contração de 0,5%, em caso de segundo mandato de Bolsonaro, a crescimento de 2%, no cenário que considera a vitória de Lula.
Com Bolsonaro, a inflação oficial (IPCA) terminaria o ano que vem em 5% e a cotação do dólar subiria para R$ 5,20, impedindo o Banco Central (BC) de cortar a Selic para menos de 12,5%. Já no cenário em que Lula volta ao poder, as previsões do banco apontam para inflação em 4%, dólar a R$ 4,15 e Selic voltando a um dígito, para 9% até o fim do ano que vem.
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