Warren Buffett, Graham, Taleb e Lynch: 5 mandamentos do investidor que nunca quebra

Warren Buffett é o maior investidor da história. A Berkshire Hathaway já retornou mais de 2.000.000% em retornos desde 1964. Sim, mais de 2 milhões de retorno desde o começo. Esse número assustador representa um retorno de mais de 20% por ano – o dobro do S&P 500, o benchmark da Berkshire. Essa performance demonstra não só a qualidade de Buffett como investidor, mas também a consistência.

Em qualquer investimento, existem quatro regras que ele e Charlie Munger, VP da Berkshire Hathaway, seguem: compreender o negócio, buscar vantagem competitiva significativa e durável, gestão talentosa e integra e, por último, ter uma margem de segurança. Se seu investimento não segue essas quatro regras, é melhor desistir dele – e elas são válidas em qualquer momento da história.

Para 2022, há três fatores que Buffett vê para os investimentos. Os mercados de ações americanos estão muito “caros”, o que dificulta os investimentos por lá, mas os papéis brasileiros não estão. A recomendação de Buffett é evitar os negócios que estejam com preços elevados – e esperar por boas oportunidades surgirem, bons negócios com preços convidativos. “Você não faz dinheiro enquanto você compra e vende ações, você ganha dinheiro conforme espera”, dizia Charlie Munger.

Se achar uma boa barganha está difícil nos EUA – o que fez a Berkshire praticamente dobrar seu caixa nos últimos anos -, por aqui existe essa possibilidade. O importante é, novamente, entender o que faz aquele negócio ser bom e compreender se aquilo é uma oportunidade ou não. E não precisam ser muitos: Buffett já disse várias vezes que três bons negócios são o suficiente para uma vida inteira, o excesso de diversificação pode ser perigoso!

E há uma estratégia que Buffett recomenda também, caso você não encontre nenhum tipo de barganha na bolsa – compre um fundo passivo, como os ETFs de Ibovespa. O importante, diz ele, é o tempo, capaz de transformar isso em um retorno fenomenal – e não encontrar o momento perfeito para comprar ou vender ações. Se ele tivesse investido 10 mil dólares no início de sua carreira, e nunca mais, teria um patrimônio de 51 milhões de dólares. Bem abaixo do patamar atual, mas o suficiente para garantir conforto material para uma família por gerações.

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“Compre um índice de fundos e esqueça as notícias, esqueça tudo. Nunca mais olhe para o mercado acionário. Se você comprasse uma fazenda e tivesse um inquilino, deixa esse inquilino comandar a fazenda por você!”, já disse Buffett. “O grande racional por trás de um índice de fundos é falar: eu acho que os negócios deste país vão ir bem por um longo período de tempo, mas eu não sei o suficiente para escolher os melhores e nem o melhor momento, e não tem nada de errado com isso! Eu mesmo não sei o melhor momento, às vezes eu sei escolher um dos melhores, mas não é sempre. E eu não conseguiria escolher os melhores só estivesse olhando uma lista”, completa.

Para ele, a melhor estratégia de investimentos para o longo prazo é justamente investir para o longo prazo – e não ficar perdido em apostas de curto ou médio prazo em empresas X ou Y, que podem só te fazer perder dinheiro. Esse tipo de investidor precisa ser paciente e continuar investindo com consistência ao longo do tempo.

Inflação é um tema global

Os Estados Unidos estão com uma das maiores inflações já vistas em sua história, com 6,8% em 2021 – o suficiente para a inflação ser considerada altíssima por lá e fazer os investidores repensarem suas posições. Por lá, a taxa de juros continua próxima de zero, mas com grandes chances de se elevar nos próximos meses, como resposta para a inflação, que é uma consequência da fortíssima expansão monetária americana, decorrente dos estímulos para superar a crise de 2008 (sim, ainda) e da pandemia. “Na economia você nunca pode fazer só uma coisa, tem sempre que se perguntar: e agora o que?”, afirmou em evento.

Em 1982, a última vez que a inflação incomodou profundamente os EUA – com uma taxa de 15%! -, Buffett afirmou que momentos de alta inflação, como os que a gente vive constantemente no Brasil, favorece negócios com duas características: aqueles que possuem habilidade de aumentar de preço facilmente, sem medo de perder market share ou volume, e capacidade de ganhar mais dinheiro (mesmo que por conta da inflação e não crescimento) sem ter de aumentar os investimentos de capital significativamente – que representam duas das regras douradas: vantagens competitivas significativas e margem de segurança.

E com o aumento dos juros globais, principalmente nos Estados Unidos – que deve vir antes do esperado -, o investidor precisa estar atento para que esse cenário não causem uma mudança muito agressiva nos valuations do mercado acionário. Por aqui, os juros já subiram e devem continuar a subir, e quando os juros americanos subirem, boa parte do dinheiro de estrangeiros pode voar para outras oportunidades também – o que abre a possibilidade de encontrar negócios em valores atraentes.

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Redação 1Bilhão Educação Financeira

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