Once upon a time… nos modelos feudais e escravocatas o poder era atribuído a donos de terras e aqueles que não as tinham eram considerados desprovidos de inteligência e opinião. Neste período o modelo de gestão de comando e controle era o único passível de existência, alinhado aos interesses do grande aristocrata. Permitir que o vassalo, o escravo,…o peão, tenha conhecimento aprofundado e possa expressar sua opinião poderia colocar em risco o poder então prevalecente, gerar revoltas e mostrar que existiria outra forma àqueles de susbsistirem e prosperarem. Tratá-los como seres humanos capazes, desafiando-os a entregar mais e melhor por meio da empatia, respeitando pontos de vista, agregando ideias ao plano dorsal, poderia enfraquecer a imagem e o poder daquele detentor do comando. Portanto, regras restritivas eram impostas para permitir o controle.

A humanidade evoluiu. Várias foram as alterações no modelo social e econômico e o modelo de gestão lastreado no comando e controle permaneceu. Não se pode perder de vista a importância do papel dos comandantes para uma entrega ágil e de qualidade, mas este não é único talento crítico para uma organização e uma sociedade, prosperarem. Além dos comandantes, há visionários, estrategistas e executores. E que bom que existem as diferenças para se compor um grupo de alta performance. Entretanto, não podemos rotular as pessoas com base em seu perfil preponderante. Todos apresentam um pouco de cada perfil. E muitas vezes não têm a oportunidade de apresentarem seu talento em outro perfil, pois não são escutados verdadeiramente e não lhes são dados meios para explorarem ou apresentarem suas ideias.

O modelo de comando e gestão ainda é muito presente em nossa sociedade, e muitos de nossos líderes pensam que o executor não têm condição de trazer ideias ou apresentar novas estratégias para o avanço ou para mitigar riscos que se fazem presentes e, em sua grande maioria, perceptível por eles mesmos executores. E neste contexto, colocam cada vez mais regras e indicadores para controle. Entendem que um modelo de liderança participativa e humanizada, lastreada em questionamentos desafiadores, escuta ativa, empatia e empoderamento, pode enfraquecer seu poder e gestão.

O mundo já não é mais o mesmo. Atividades que podem ser feitas de forma repetitiva e sem qualquer retorno sobre riscos e desvios do esperado, podem e estão sendo automatizadas e robotizadas. Os profissionais do futuro, que já se fazem necessário nos dias atuais, precisam apresentar perfis de líderes, enxergando de forma nítida tudo o que ocorre no seu entorno e fora dele, para poderem prover ideias e soluções em situações cada vez mais incertas, complexas e ambíguas.

Os dias atuais encerram em si um momento crítico para a transição de um modelo de gestão de comando e controle para a gestão humanizada. E na mesma linha faz-se necessária a transição do modelo de governança, antes focada em muitos controles específicos, para um modelo mais voltado para a gestão de riscos de forma participativa e efetiva. E neste cenário, em que regras de controles internos nos padrões anteriores afrouxam, e que Governança é tida com o principal pilar para se entregar soluções transformadoras para o Meio Ambiente e para a Sociedade (ESG), nós, financeiros precisamos fortalecer nossas habilidades de influência e, portanto, implementar uma finanças humanizada.

Regina Biglia

Executiva de finanças com vivência 360º em áreas correlatas e em grandes indústrias multinacionais dos segmentos de alumínio, alimentos e bebidas e farmacêutico. Sólida experiência em Governança Corporativa advinda de atuação como auditora em Big 4, Head de Riscos e Controles Internos e Controller de Joint Venture. Coach Executiva e de Negócios, com histórico comprovado de sucesso em desenvolvimento de líderes humanizados e aumento da maturidade do ambiente de controles de uma organização. Escritora e difusora de conhecimento por meio de palestras e treinamentos. Empreendedora e idealizadora de plataforma digital no contexto da transformação digital para implementação e gestão de Governança Corporativa de forma simples e dismistificada.

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