História de liderança pertencente à Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA) estreia série de conteúdos que serão publicados no site e nas redes sociais da ONU Mulheres, que reproduzimos aqui, sobre a trajetória de mulheres indígenas de todos os seis biomas brasileiros.

A maior missão de Célia Xakriabá está evidente em todas as suas redes sociais: comunicar ao mundo que já não há mais tempo e que toda a humanidade precisa compreender que, hoje, a demarcação dos territórios indígenas é uma das soluções para a crise climática que atravessa o planeta. Para a liderança indígena de 32 anos, utilizar as plataformas digitais para chamar atenção para as mudanças climáticas é atentar para o que ela considera fundamental: a ideia de que, sem a existência da população indígena, não haverá chance para a humanidade. “Nós temos o compromisso importante de desaquecer o planeta, para aquecer o coração. No dia em que acabar para nós, povos indígenas, acabará também para você e para o seu filho. Não podemos vender o brilho do sol, o brilho das águas, a riqueza da terra”, alerta Célia, que acrescenta: “Nós precisamos entender a terra como um de nossos parentes”.  

Moradora de uma aldeia no território Xakriabá, em São João das Missões, Minas Gerais, Célia Xakriabá é uma articuladora que sabe bem aproveitar os caminhos que foram abertos pelas suas publicações nas redes sociais e toda a visibilidade que ela e suas companheiras da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA) têm conquistado. Atualmente, Célia é uma das lideranças indígenas brasileiras mais reconhecidas internacionalmente por seu papel enquanto ativista protetora dos direitos indígenas e das terras destinadas aos povos originários. Professora e comunicadora, ela chegou a comandar o primeiro podcast indígena da plataforma de streaming Globoplay, o “Papo de Parente”. No programa de jornalismo narrativo, Célia Xakriabá e Tukumã Pataxó respondem a dúvidas de ouvintes e lideram conversas que têm como foco aumentar o conhecimento sobre os povos indígenas brasileiros. 

Mestra em Desenvolvimento Sustentável e doutoranda em Antropologia na Universidade Federal de Minas Gerais, Célia Xakriabá foi a primeira mulher indígena a integrar a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, onde permaneceu de 2015 a 2017. Em 2019, passou a atuar como assessora parlamentar no Congresso Nacional no mandato da deputada federal Áurea Carolina e em 2021 foi uma das representantes indígenas que compareceram à 26ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática, a COP26. Na ocasião, Célia falou sobre o racismo sistêmico que enfrenta na sociedade por ser indígena e sobre a importância da preservação dos territórios de sua comunidade. 

Célia é a primeira mulher a ser retratada em uma série de histórias de mulheres indígenas que serão publicadas no site e nas redes sociais da ONU Mulheres até o fim deste ano. A trajetória da liderança do povo Xakriabá reforça o papel crucial das mulheres na liderança da busca por soluções às mudanças climáticas e na construção de um futuro mais sustentável para todas e todos.

Fonte: ONU Mulheres

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