“Não havia modelos femininos, então eu simplesmente abri meu próprio caminho”.

Essa frase é da Muriel, a primeira mulher a ter uma cadeira na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Foi também a primeira mulher a se tornar a superintendente de bancos do Estado de Nova York e uma das primeiras a dirigir uma das firmas-membro da NYSE.

Muriel foi alvo de preconceito por parte dos “homens de Wall Street” na época em que a Bolsa de Valores ainda funcionava in loco, com o pregão viva voz. E após várias tentativas e recusas, ela passou a deter a cadeira em Wall Street, em 1967, e por uma década foi a única presença feminina no local.

E até pouco tempo atrás eu também não sabia quem era Muriel e nem a importância que ela teve para a causa feminina.

Mas além de ressaltar essa mulher incrível, vamos conversar aqui hoje sobre a frase da Muriel, que coloquei ali no início do texto.

Eu ouvi a mesma coisa da Claudia Furtuna, em 2018, em uma das nossas sessões de terapia holística. Ela me perguntou mais ou menos assim: “Carol, quem é a mulher que você admira no Mercado Financeiro e que deseja se espelhar?”.

Eu não tinha a resposta pronta.

O ano era 2018 e eu tinha começado recentemente a estudar e a trabalhar com a Bolsa de Valores. Meu mentor foi o Eduardo Alves, meu noivo, e na área eu só conhecia operadores homens até então. Não havia “modelos femininos” pra mim naquela época.

Então, a Claudia jogou a responsabilidade no meu colo e disse: “se você não tem uma referência, seja você a referência”.

Repare na mudança de atitude: não era mais para ficar só observando e encontrar um modelo para me espelhar. Eu tomaria as rédeas da minha jornada e desenharia o meu próprio caminho. Protagonismo!

A partir dali, surgiu a Mulher na Bolsa. Sim, a ideia e o nome surgiram na sessão de terapia. E tudo começou com um desejo de compartilhar com mais mulheres sobre a liberdade geográfica e de horários que eu conquistei quando migrei de carreira para o Mercado Financeiro.

Era um blog inicialmente. Registrei o domínio (www.mulhernabolsa.com.br) e comecei a publicar sobre a minha rotina e as minhas novas descobertas.

É claro que o blog se transformou numa empresa, pois o propósito ficou mais firme. Assim, os meios de divulgação foram ampliados, cursos e mentorias desenvolvidos, livros publicados e muitos convites surgiram para que eu pudesse compartilhar o que eu estou aprendendo na jornada.

Sei que ainda tem muito chão pela frente, estou só começando, mas sigo em busca de “abrir o meu próprio caminho”. Mas, além disso, eu preciso incentivar você, mulher, a abrir o seu também. Faça acontecer!

Se eu puder te dar uma dica, não fique esperando ter um modelo de algo que já deu certo, mana. Seja a sua própria cobaia, materialize as suas ideias, seja a sua ratinha de laboratório! E eu desejo que os seus “experimentos” sejam tão prazerosos quanto os meus estão sendo na minha vida!

Primeira coisa: decida que você conseguirá o que quer.

Pode parecer muito simples, mas é a decisão mais relevante que você pode tomar na vida!

A maioria das mulheres não faz isso. Elas não se permitem ir atrás do que realmente querem.

Segunda coisa: quanto vai te custar a vida que quer?

Desafio todas vocês que estão lendo esse texto a começar a pensar no seu número. Qual é o seu número?

E, por favor, tenham muita coragem para pensar grande, jogar alto, planejar longe!

Terceira coisa: você precisa se cercar de gente que planeja um jogo com o nível mais alto! Experiência + resultados = sucesso!

Isso vai te dar clareza e direção. E dizem que a direção é mais importante do que a velocidade. Tudo que você precisa fazer é decidir finalmente viver a vida que quer.

DECIDA!

Ainda precisa de mais algumas injeções de ânimo para construir o seu palco?

Então, quem vai te dar é Muriel Siebert.

Em 1954, quando Muriel se mudou para Nova Iorque, as únicas mulheres que trabalhavam em Wall Street eram secretárias e equipes de apoio, mas ela queria mais.

Quando descobriu que recebia menos que os colegas homens para fazer o mesmo trabalho que eles, ela resolveu ser protagonista.

Em 1967, Muriel se tornou a primeira mulher a comprar um assento na Bolsa de Valores de Nova York. Pouco depois, em 1969, abriu sua própria corretora, a Muriel Siebert & Co., Inc.

Em 1977, tornou- se a primeira mulher superintendente de bancos do estado de Nova York.

Depois de sua morte, a Bolsa de Valores de Nova York a homenageou dando o nome dela a uma sala em Wall Street.

A Siebert Hall foi a primeira sala na Bolsa de Valores a receber o nome de uma pessoa.

Uma mulher protagonista.

Carol Daher

Analista de investimentos CNPI-T, trader, mestre em Direito e Negócios Internacionais, Head e fundadora da Mulher na Bolsa – a empresa que ensina a investir o seu dinheiro e recomenda investimentos inteligentes. É escritora apaixonada por aprender, ensinar e empreender, que vive com o escritório na mochila. Aquela que deixou a carreira jurídica para se dedicar ao Mercado Financeiro. CEO do próprio dinheiro. É host do podcast Mulher na Bolsa e do TTT Summit – o maior evento de day trade do Brasil.

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