Os dados, que foram fornecidos pela Boa Vista S/A, se referem somente às vendas físicas. Marcel Solimeo, economista da ACSP, afirma que “as vendas do comércio online, que já estavam crescendo antes da pandemia, estão em franca aceleração, ainda mais em épocas favoráveis a compras por conta do distanciamento social”.
Segundo o balanço, os donos de lojas de rua e de shopping foram os mais afetados no mês. Solimeo atribui o prejuízo à reclassificação temporária do Plano São Paulo de contenção à covid-19, que incluiu todos municípios paulistas na fase vermelha entre os dias 25 a 27 de dezembro.
“As lojas ficaram sem funcionar em dias importantes para o varejo, que é o momento em que as pessoas trocam os presentes e aproveitam para comprar algo mais”, afirmou o economista.
O varejo vinha se recuperando de forma gradativa desde o ápice da desaceleração das vendas, que ocorreu no segundo trimestre de 2020.
Segundo a ACSP, as perdas começaram a retração com 54,9% em junho de 2020 e chegaram a 5% em novembro – o que indicava um possível crescimento no mês seguinte.
“Não sabemos ainda se haverá ou não a extensão do Auxílio Emergencial ou a criação de outro benefício que possa estimular as vendas, se o comércio continuará aberto, fechado ou se a vacinação vai fazer com que as pessoas deixem o isolamento social”, disse Solimeo enfatizando as incertezas para o varejo em 2021.
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