Começamos a semana bem! No mês de novembro tivemos onze pregões de alta e apenas quatro de baixa, com os investidores estrangeiros fazendo a diferença pelo volume de ingresso de recursos na Bolsa positivo em todos os dias até 19/11. O principal motivo fica por conta dos investidores, fazendo alguma antecipação com relação ao desenvolvimento de vacinas e, principalmente, a proximidade de aplicação nas populações de diferentes países.

Mais ainda, na reunião virtual do G-20 do final de semana, o comunicado abordou a cooperação geral, recursos para compra de vacinas para países pobres, e ainda o perdão ou postergação dívidas de países pobres. Tudo isso, junto com indicadores de atividade positivos nos EUA, deram o tom da sessão de hoje.

Do ponto de vista negativo, tivemos a queda dos indicadores de atividade na Alemanha, Reino Unido e zona do euro, com esse grupo de países podendo mostrar contração do PIB no quarto trimestre de 2020. Apesar disso, os investidores seguiram acreditando nas vacinas, o que fez com que as perdas fossem tímidas. No Reino Unido, as restrições nacionais contra o Covid-19 terminam em 02/12, passando a ser decisão regional, segundo o primeiro ministro Boris Johnson. Já o FMI, que vem pregando faz tempo a cooperação entre países, disse que os US$ 12 trilhões de apoio fiscal feito no âmbito global ajudaram a estabelecer o piso das economias.

Falando de Brexit, cujo prazo vai expirando, segundo o negociador Barnier, ainda existem divergências fundamentais que vão exigir mais trabalho das equipes. Nos EUA, números positivos da atividade de serviços e indústria. O índice nacional de Chicago de outubro mostrou elevação para 0,83 ponto, vindo de 0,32 ponto. Já o PMI composto (indústria e serviços) de novembro teve alta para 57,9 pontos, o maior patamar em 68 meses.

Já o FED disse que o aperto das condições financeiras globais foi menor do que o verificado em 2008 na crise do subprime. O presidente do FED de Richmond acha provável que a prudência fiscal seja retomada com o governo mais dividido. No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 1,27%, com o barril cotado a US$ 42,96. O euro era transacionado em queda para US$ 1,184 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 0,85%. O ouro e a prata com fortes perdas na Comex, enquanto as commodities agrícolas apresentaram um comportamento misto na bolsa de Chicago. O minério de ferro, negociado na China, também registrou queda de 1,23% durante a madrugada, com a tonelada em US$ 127,24.

No cenário doméstico, Jair Bolsonaro disse que as críticas contra o Brasil e preservação da Amazônia são infundadas. O ministro Paulo Guedes disse que o desafio de 2021 é transformar a recuperação cíclica em autossustentável. Disse ainda que cabe mostrar que o país tem rumo. Enquanto isso, economistas dizem que já era hora de o governo apresentar um programa de longo prazo para reduzir o tamanho de nossa dívida, e que o país corre risco de entrar em dominância fiscal.

Na economia, a nova pesquisa semanal Focus do Bacen veio mostrando inflação em alta para 3,45% em 2020 (de 3,25%) e alta para o ano seguinte de 3,40% (anterior em 3,22%). O PIB melhorou para queda de 4,55% e a produção industrial para -5,04%. O dólar de final de ano foi projetado em queda para R$ 5,38 e o saldo da balança comercial de 2020 com superávit de US$ 57,73 bilhões. Falando de balança comercial, o superávit até a terceira semana de novembro estava em US$ 50,35 bilhões, com o mês de novembro mostrando saldo positivo de US$ 2,92 bilhões.

No mercado, dia novamente de dólar tensionado, encerrando o dia com alta de 2,64%, cotado a R$ 5,44. Na B3, os investidores estrangeiros voltaram a alocar recursos na sessão de 19/11, no montante de R$ 449,4 milhões, deixando o ingresso em novembro em R$ 26,2 bilhões, mas com o ano ainda mostrando saídas líquidas de R$ 58,7 bilhões.

No mercado acionário, dia de queda da Bolsa de Londres de 0,28%, Paris com -0,07% e Frankfurt com -0,08%. Madri teve alta de 0,04% e Milão com -0,02%. No mercado americano fortalecimento na parte da tarde, com o Dow Jones em alta de 1,12% e Nasdaq com +0,22%. Na Bovespa, dia de alta de 1,26% e índice em 107.378 pontos. Petrobras e Vale foram destaques positivos novamente, junto com CSN.

Na agenda de amanhã teremos o anúncio da previa da inflação de novembro pelo IPCA-15, com expectativa de que ultrapasse em 12 meses 4,10%. Nos EUA, teremos a confiança do consumidor de novembro pelo Conference Board, o índice de atividade industrial de Richmond e o índice Case-Shiller de preços dos imóveis de setembro.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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