Pelo segundo pregão seguido a Bovespa conseguiu recuperação mais forte que o mercado americano, situação que não vinha acontecendo. Mas ainda assim, a queda acumulada em 2020 beira os 30%, e os investidores estrangeiros já sacaram recursos da Bovespa no montante de R$ 69,1 bilhões, até a sessão de 24/4. Isso vai na mesma direção da queda de 4,51% no volume da indústria de fundo que ao final de março possuía patrimônio agregado de R$ 4,84 trilhões, saindo de mais de R$ 5 trilhões e em dólares retrocedendo para US$ 940 bilhões.

Mais o dia acabou sendo positivo para a maior parte das Bolsas no mundo, com bom destaque para mercados da Europa, otimistas com a perspectiva de reabertura das economias e também por conta de resultados de empresas, e principalmente do setor bancário. A safra de resultados demostrando que ainda não foi muito afetada pela crise do Covid-19, fato que só deve aparecer nos lucros do segundo trimestre.

Nos EUA, anotamos que o presidente está preocupado com a extensão dos infectados na América do Sul e disse que pode restringir voos da região, incluindo o Brasil. Nos EUA, a confiança do consumidor do Conference Board de abril caiu para 86,9 pontos, quando a previsão era de 90 pontos. A atividade industrial de Richmond encolheu para -53 pontos em abril de anterior em +2 pontos. Já o déficit na balança de bens subiu em março para US$ 64,2 bilhões.

O secretário do Tesouro americano Steven Mnuchin, disse que injetaram liquidez o sistema financeiro sem precedentes e espera que mais tarde as empresas possam devolver. Também falou que o programa de empregos está sendo um sucesso. Já sobre o Covid-19, vários países estão anunciando para o final do ano a aplicação de vacinas, o que aumenta o otimismo no mundo. Mas a Suíça anuncia que provavelmente será a disponibilização da primeira vacinação será já em outubro.

No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrou ao longo do dia grande volatilidade, alternando momentos de alta e baixa. O petróleo WTI mais para o final da tarde era negociado em queda de 0,86%, com o barril cotado a US$ 12,67. Mas a expectativa média para o WTI em 2020 está em US$ 30 e para o Brent em US$ 35. O euro era transacionado em leve alta para US$ 1,083 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 0,61%. O ouro e a prata mostravam quedas na Comex e commodities agrícolas com comportamento majoritariamente de alta na Bolsa de Chicago.

O minério de ferro negociado na China encerrou o dia em queda de 1,53%, com a tonelada em US$ 82,20.

Aqui, a prévia da inflação oficial medida pelo IPCA-15 de abril mostrou deflação de 0,01%, de anterior em +0,02%. Com isso a inflação de 2020 está em 0,94% e em 12 meses em 2,92%, com previsão de maior encolhimento. Os preços livres aceleraram 0,37% e os administrados com queda de 1,10%. O índice de difusão da inflação também caiu para 51,5%, vindo de 55,3%. Citamos combustíveis com queda de 5,76% e alimentação doméstica com +3,14%. Houve deflação em seis de onze regiões consideradas.

O Bacen divulgou que o volume de crédito livre expandiu em março 28,3% para volume total de TR $ 3,59 trilhões, representando 48,9% do PIB. A inadimplência média no crédito livre ficou em 3,8%, na pessoa física em 5,2% e na pessoa jurídica em 2,3%. O nível de endividamento das famílias em 45,5% e comprometimento da renda de 20%, considerando o setor imobiliário. O tesouro anotou que a dívida pública de março estava em R$ 4,2 trilhões (-1,55%) e a participação de estrangeiros declinou para 9,82%, algo como R$ 54,5 bilhões.

No mercado, dia de DIs com juros em queda para os principais vencimentos e dólar caindo forte 2,55% e cotado a R$ 5,51. Na mínima chegou a R$ 5,47. Na Bovespa, na sessão de 24/4 houve saída de recursos de R$ 2,42 bilhões acumulando em abril saídas líquidas de 43,7 bilhões.

No mercado acionário, dia de alta de 1,91% da Bolsa de Londres, Paris com +1,43% e Frankfurt com +1,27%. Madri e Milão com altas de respectivamente 1,55% e 1,71%. No mercado americano, o Dow Jones com -0,13% e Nasdaq com -1,40%. Na Bovespa, dia de alta de 3,93% e índice em 81.312 pontos, mais de 100 pontos abaixo da máxima do dia.

Na agenda de amanhã, teremos o IGP-M de abril e o resultado primário do governo central em março e nos EUA a inflação pelo CPI de abril e as vendas pendentes de imóveis, o PIB do primeiro trimestre e a decisão do GFED sobre juros, seguida de coletiva de Jerome Powell.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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