Vamos para o penúltimo pregão do ano de 2020 na Bovespa, com chance de pequeno rali de alta e rompendo o patamar de 120 mil pontos, em recorde histórico. O comportamento de alta dos mercados no exterior ajuda bastante nessa empreitada.

Durante a madrugada, os mercados da Ásia operaram majoritariamente em alta, com destaque para o Nikkei da Bolsa de Tóquio com +2,66% e no maior patamar desde agosto de 1990. Europa também operando com boa alta neste início de manhã, com Londres em destaque na volta do feriado de ontem. Futuros do mercado americano também com boas altas, mas todos um pouco afastados das máximas do dia.

Motivo da alta, ontem a Câmara americana votou e aprovou elevação da ajuda individual de US$ 600 para US$ 2 mil, e agora segue para votação no Senado, possivelmente ainda hoje. O líder dos democratas pediu apoio do presidente Trump para pressionar os republicanos e o presidente eleito Biden apoia o aumento do benefício.

Investidores também animados com o acordo pós-Brexit estabelecido entre a União Europeia e o Reino Unido, e a China anunciando para “breve”um acordo com a União Europeia. Ou seja, o mundo ficou um pouco mais calmo neste finalzinho de ano, não fosse a nova cepa da covid-19 assolando o mundo, e agora também detectado na Índia.

No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 1,30%, com o barril cotado a US$ 48,24. O euro era transacionado em alta para US$ 1,225 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 0,94%. O ouro em alta e a prata em queda na Comex e commodities agrícolas com comportamento misto na Bolsa de Chicago.

Falando em covid-19, o Brasil computa 191.570 óbitos e mais de 7,5 milhões de infectados. O presidente repetiu que “quem quer vender vacinas é que tem que ir atrás”. Bem se vê que não entende de oferta e demanda. Já o Bacen anunciou nova injeção de operação swap de US$ 800 milhões para hoje, após ter vendido no mercado à vista ontem US$ 530 milhões, quando o câmbio vazou R$ 5,31.   

A Cemec/Fipe divulgou estudo mostrando que a dívida corporativa atingiu em agosto R$ 4,5 trilhões, algo como 60,5% do PIB, com a desvalorização cambial ajudando bastante nisso. A FGV também divulgou que o IGP-M de dezembro desacelerou para 0,96% (anterior em 3,28%) deixando o ano de 2020 com inflação de 23,14%, a maior desde 2002 (25,31%). O IPA agrícola foi de -1,82% e o industrial com +2,08%. Matéria-prima bruta com queda de 0,74%, depois de alta no mês anterior de 5,6%. O índice de confiança em serviços subiu 0,8 ponto em dezembro para 86,2 pontos.  

A agenda do dia ainda contém indicadores domésticos importantes com capacidade de mexer com os mercados, mas a expectativa é de Bovespa em alta seguindo exterior, dólar mais fraco e juros em queda.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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