O otimismo dos investidores se sobrepõe aos problemas diplomáticos entre os EUA e a China e traz quadro mais positivos para os mercados na sessão de hoje.

Ontem foi mais um dia em que os investidores promoveram giro de posições, privilegiando ações que tinham ficado mais atrasadas e vendendo ações com lucros recentes. Com isso, a definição de tendência só apareceu no final do pregão, com a Bovespa encerrando em queda de 0,02% e índice em 104.289 pontos, enquanto o Dow Jones fechou em alta de 0,62% e o Nasdaq com +0,24%. O dólar é que esteve sempre fraco (aqui e no exterior), fechando com nova queda de 2% e cotado a R$ 5,10. Na Bovespa, o ano ainda está negativo em 9,8%, mas em 12 meses já está positivo em 0,56%.

Hoje mercados da Ásia terminaram o dia majoritariamente em queda, a Europa tentando recuperar perdas da véspera, mas já afastada das máximas do dia e futuros do mercado americano operando em alta nesse início de manhã. Com isso, é possível que a Bovespa consiga fixar a passagem pelo patamar de 105 mil pontos, e abrir novo objetivo na faixa de 108 mil pontos.

Os investidores ainda mantêm o estresse com relação aos problemas diplomáticos entre os EUA e a China, com acusações de espionagem pelos consulados e pressão sobre empresas chinesas relacionadas com a tecnologia 5G. Até agora a China ainda não respondeu sobre o fechamento do consulado em Houston e Trump disse ser possível fechar outras representações da China no país. O secretário Mike Pompeo, que tem feito enorme pressão contra a China, fala no final da tarde de hoje.

Os investidores também reverberam o novo pacote de estímulos que será discutido hoje na Câmara americana de mais de US$ 1 trilhão, motivando os negócios nesse início de dia. Na Alemanha, o índice GFK de confiança do consumidor de agosto mostrou alta para -0,3 pontos, de previsão de ficar em -4,8 pontos. A Unilever surpreendeu positivamente com lucro no semestre de 3,3 bilhões de euros e a ação subia no mercado londrino 7%.

No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 0,14% (já esteve melhor), com o barril cotado a US$ 41,96. O euro era transacionado em alta para US$ 1,159 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 0,59%. O ouro tinha alta e a prata em queda na Comex e commodities agrícolas com viés positivo na Bolsa de Chicago.

Aqui, o setor bancário e empresas de serviços (incluindo as teles) reclamam da proposta de reforma tributária encaminhada pelo governo com aumento da carga tributária. Com alíquota de 12% sobre consumo, teríamos a maior alíquota do mundo. Já Rodrigo Maia, presidente da Câmara disse que o maior desafio para 2021 será manter o teto de gastos sem alterações.

Aqui, a empresa Highline Brasil, controlada da Digital Colony, americana ligada a área de infraestrutura, entrou na disputa pela Oi Móvel. No mercado, a expectativa é de Bovespa começando o dia em alta, dólar ainda fraco e juros mais longos pressionados. Na agenda esperamos os pedidos de auxílio-desemprego da semana anterior que pode conter alguma surpresa, depois da maior contaminação pela covid-19 nos EUA.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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