Ontem foi mais um dia de recuperação na Bovespa liderada pelas ações de Petrobras, com fechamento do Ibovespa com +0,38% e índice em 115.667 pontos, após ter vazado a faixa de 116.200 pontos durante a sessão. Mas houve muita volatilidade nos preços dos ativos, incluindo também o câmbio e juros.

Hoje os mercados locais começam o dia tendo que pesar na balança o resultado recorde de Petrobras de R$ 59,9 bilhões (com reversão de impairment), mas ainda assim, recorde em real e dólares, e avaliando o show off do governo atravessando a Esplanada, para entregar o projeto de privatização dos Correios sacado às pressas da gaveta para cobrir o ruído de Petrobras, assim como foi feito na véspera com Eletrobras.

Esses processos ainda vão demorar e devem ser alterados.

Terão que julgar também a admissão pelo Senado de que a PEC Emergencial pode ser fatiada e só sair agora o auxílio emergencial e sem expectativa de contrapartida de cortes. O Brasil nunca soube cortar custos, mas sabe bem ampliar impostos. 

Porém, mercados no exterior ajudam na melhora das condições dos mercados. As Bolsas asiáticas encerraram o dia com fortes altas, Europa operando no positivo e até acelerando desde o início da manhã e futuros do mercado americano ainda com comportamento misto, mas tentando buscar melhora. Aqui, é possível seguir essa tendência e tentar buscar superar a meta acima de 118 mil pontos nos próximos pregões.

Investidores no mundo incorporam o otimismo produzido pela imunização crescente das populações e quedas no contágio e hospitalizações. Isso atua positivamente na recuperação e restrições de contato social, como deseja o governo britânico. Na Alemanha, o índice GFK de confiança do consumidor de março subiu para -12,9 pontos, de previsão de ficar em -14,5 pontos. Na zona do euro, o índice de sentimento econômico também subiu para 93,4 pontos, de previsão de 91,6 pontos.   

Na Coreia do Sul o banco central manteve a taxa de juros básica estabilizada em 0,50%. No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 0,30%, com o barril cotado a US$ 63,41. O euro era transacionado em US$ 1,222 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 1,38%. O ouro tinha nova queda e a prata em alta na Comex e commodities agrícolas com comportamento de alta na Bolsa de Chicago.

Aqui, a FGV anunciou o IGP-M de fevereiro em desaceleração para +2,53% (anterior em 2,58%), deixando a inflação de 2021 com +5,17% e em 12 meses com +28,94%. A confiança do comércio subiu 0,2 ponto, para 91 pontos. O IPC da Fipe da terceira quadrissemana de fevereiro também desacelerou para 0,36%. A GM anunciou a paralisação das atividades na fábrica de Gravataí por falta de peças e as medidas de ajustes e reformas vão sendo sistematicamente retardadas, numa janela curta para mudanças.

A agenda do dia está lotada de eventos com capacidade de mexer com os mercados. Teremos a nota de política monetária e mercado aberto, e o resultado primário do governo central. Nos EUA, as encomendas de bens duráveis, pedidos de auxílio-desemprego, nova avaliação do PIB do quarto trimestre e discursos de vários dirigentes do FED ao longo do dia.

Expectativa para o início do dia é de Bovespa se mantendo em recuperação, dólar e juros mais fracos.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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