Em dia de vencimento de opções na Bovespa, o dia foi marcado por pressões generalizadas na Bolsa, dólar e também nos juros. Tudo isso num ambiente internacional razoavelmente positivo, o que nos remete para problemas internos maiores. O vencimento de opções na Bovespa para o prazo de agosto registrou exercícios no montante de R$ 12,8 bilhões, sendo R$ 7 bilhões em opções de venda, e somente R$ 5,8 bilhões em opções de compra.

Motivo maior: as incertezas com relação ao ajuste fiscal necessário, as discussões sobre manter ou não o teto de gastos (Bolsonaro dual) e, como isso, um reflexo nos ativos de risco, em especial o dólar e os juros futuros. Basta lembrar que em todos os posicionamentos do Bacen ele cita a necessidade de perseguir reformas. Mercados também aguardam o desenrolar da agenda do presidente que tem encontro com Paulo Guedes e logo em seguida com Braga Netto.

No plano externo, pesquisa mostrada nos EUA indica que Joe Biden está à frente de Trump e, segundo declarações de Larry Summers, Biden pode ganhar e ainda fazer maioria nas duas casas do parlamento. Trump disse que a China está cumprindo o acordo comercial da primeira fase, mas reiterou as críticas e ampliação de restrições da empresa Huawei para a tecnologia americana.

Na economia, tivemos a divulgação do índice de atividade de NY em queda para 3,7 pontos e vindo de 17,2 pontos, quando o esperado era que ficasse em 19 pontos. Já o indicador NAHB de confiança das construtoras subiu para 78 pontos em agosto, em recorde histórico. Os EUA também informaram que a reunião dos ministros das finanças do G-7 foi para tratar de tentar equacionar as dívidas dos países mais pobres.

O Reino Unido mantém expectativa de fechar acordo com a União Europeia ao longo do mês de setembro, mas a União Europeia alerta que os bancos do Reino unido terão que esperar mais para ter acesso ao mercado. No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 2,24%, com o barril cotado a US$ 42,95, depois de os EUA anunciarem compra de óleo pela China. O euro era transacionado em alta para US$ 1,187 e notes americanos de 10 anos com taxa de juros de 0,68%. O ouro e a prata retomando fortes altas e commodities agrícolas em altas na Bolsa de Chicago.

O minério de ferro teve dia de leve queda de 0,41% na China, com a tonelada negociada em US$ 121,94.

No segmento local, a nova pesquisa semanal Focus do Bacen veio tranquila, com a inflação oficial pelo IPCA em alta para 1,67% (anterior em 1,62%), PIB com menor queda em -5,52% (anterior em -5,62%) e produção industrial caindo 7,68% (de -7,87%). Dólar e superávit da balança comercial mantidos em respectivamente R$ 5,20 e US$ 55 bilhões. Aliás, na segunda semana de agosto o superávit comercial foi de US$ 1,4 bilhão, acumulando no ano US$ 33,4 bilhões.

Do lado político, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, cobrou mais uma vez o encaminhamento pelo governo da reforma administrativa e o subsecretário de política macroeconômica Vladimir Teles pediu para sair. No mercado, dólar operando em alta e fechando com +1,30% e cotado a R$ 5,497, e juros longos novamente pressionados. Na Bovespa, na sessão de 13/8, os investidores estrangeiros voltaram a sacar recursos no montante de R$ 193,4 milhões, deixando o mês de agosto ainda positivo em R$ 1,69 bilhão e o ano de 2020 com saídas líquidas de R$ 83,22 bilhões.

No mercado acionário, dia de Bolsa de Londres em alta de 0,61%, Paris com +0,18% e Frankfurt com +0,15%. Madri e Milão com quedas de respectivamente 0,90% e 0,39%. No mercado americano, o Dow Jones com -0,31% e Nasdaq com +1%. Na Bovespa, dia de queda de 1,73% e índice em 99.595 pontos, ficando ainda acima de zona importante de suporte ao redor de 98 mil pontos.

Na agenda de amanhã teremos o IPC da Fipe da segunda quadrissemana de agosto e o monitor do PIB da FGV de julho. Nos EUA, construção de novas residências de julho e permissões.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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