Feriado em Nova York

Na semana passada, mesmo com todos os ruídos, atas de bancos centrais e posicionamento de formadores de opinião; os mercados reagiram positivamente. A Bovespa fechou com alta acumulada de 5,95% e índice em 82.173 pontos (no ano ainda perde 28,9%), o Dow Jones com valorização de 3,29% e Nasdaq com +3,44%. O dólar por aqui terminou a semana em queda de 4,43% e cotado a R$ 5,58, depois de ter flertado com a cotação de R$ 6.

A semana começa com feriado nos EUA do Memorial Day, com mercados fechados (só os futuros trabalham parte do dia e com liquidez precária, e no mundo perdendo boa parte da liquidez e do referencial de preços dos ativos).

A Ásia encerrou o dia com boas altas e destaque para Tóquio com +1,73%, mercados da Europa operando em boa alta, exceto Londres também com feriado, e futuros do mercado americano no campo positivo.

Aqui, vamos ter que nos ajustar para divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22/4, objeto das disputas entre Bolsonaro e seu ex-ministro Moro, bem avaliada pelos investidores, já que não deixou evidente as pressões sobre a Polícia Federal. Exemplo disso é que, depois de pregão encerrado, o principal ETF do Brasil (EWZ) fechou com alta de mais de 3%. Se conseguirmos ultrapassar o patamar de 84 mil pontos, estará sendo aberta uma janela importante para ir em busca da faixa de 92 mil pontos.

Além disso, nessa reunião, o ministro Paulo Guedes falou em privatizar o Banco do Brasil, e nesse final de semana o líder do governo Fernando Bezerra falou da possibilidade. De nossa parte, não acreditamos como viável nessa legislatura, mas certamente deve trazer algum efeito.

No Japão, o governo retirou a situação de emergência de Tóquio e de outras áreas. Na Alemanha, o PIB do primeiro trimestre foi confirmado em contração de 2,2%, com taxa na comparação anual de -2,3%. Ainda por lá, o índice IFO de sentimento empresarial mostrou alta para 79,5%, vindo de 74,2 pontos e maior que o previsto.

No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 0,50%, com o barril cotado a US$ 33,42. O euro era transacionado em alta para US$ 1,09 e o ouro e a prata negociados na Comex com quedas. As commodities agrícolas com viés de baixa na Bolsa de Chicago.

Aqui, as estatísticas do Covid-19 indicam 22.666 óbitos e 363.611 casos, e o noticiário dá conta que cinco Estados estão próximos do colapso na estrutura da Saúde. Além disso, prefeitos avisam que podem ficar sem caixa para pagar salários de servidores no final de maio.

Na economia, a FGV divulgou a confiança do consumidor em alta de 3,9 pontos, para 62,1 pontos e a confiança do comércio com alta de 6,2 pontos, para 67,4 pontos. O IPC-S da terceira quadrissemana de maio registrou deflação de 0,57%, depois de anterior em -0,53%.

Aqui os mercados vão ter ainda que repercutir os impactos da dura carta despachada pelo ministro do GSI, o general Augusto Heleno, por conta de apreenderem o celular do presidente. No mercado, a expectativa é de Bovespa em alta e perdendo liquidez no correr do dia, dólar ainda fraco e juros em queda.

A agenda fraca do dia deixa os mercados na dependência do escasso noticiário internacional e da pesquisa Focus por aqui, que deve vir novamente fraca. Porém, os ruídos políticos e a polarização devem prosseguir, o que indica ainda volatilidade de preços dos ativos.

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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