Na semana passada, a B3 ainda conseguiu fechar o período com valorização pequena de 1,26%, aos 106.042 pontos, após ter esbarrado em 108 mil pontos. O aspecto focal dos investidores continuou a ser a expansão da covid-19 em diferentes países, principalmente na Europa e EUA, além de Japão e Rússia. Nos EUA, a contaminação passou de 195 mil em 24 horas e cresceu o número de internações hospitalares.

Porém, a isso se contrapõe o tomismo com a rápida aplicação de vacinas. Várias farmacêuticas estão pedindo liberação emergencial, e muitos países anunciando a aplicação na população já a partir de meados de dezembro.

A nova semana começando com esse quadro de otimismo com vacinas eficazes e mercados novamente com comportamento positivo. As Bolsas da Ásia terminaram o dia com valorizações, exceto Tóquio que não operou por conta de feriado. A Europa operando com altas nesse início de manhã e até evoluindo, mesmo com indicadores de atividade fracos, e futuros do mercado americano também com valorizações. Aqui, a expectativa é também de retomada depois da queda de sexta-feira e o objetivo é mantido em buscar o patamar de 110 mil pontos.

Nos EUA, os republicanos pressionam Trump para aceitar a derrota nas urnas e Biden começa a mostrar seus principais auxiliares, com Janet Yellen, ex-presidente do FED, cotada para substituir Mnuchin no Tesouro americano. Na reunião virtual do G-20 no final de semana, ficou patente que teremos tempos difíceis e todos estão buscando cooperação. No comunicado, foi pedido também alívio nas dívidas de países mais pobres (o FMI tem batido nessa tecla) e também recursos para compra e distribuição de vacinas aos países pobres. Enquanto isso, o discurso de Jair Bolsonaro foi criticar a demagogia em pauta ambiental, repetindo questões levantadas na reunião anterior do BRICS.

Na Alemanha, o PMI industrial de novembro mostrava queda para 578,9 pontos, no menor nível em dois meses e na zona do euro queda forte para o PMI composto em 45,1 pontos, mostrando que o quarto trimestre pode ser de contração do PIB. No Reino Unido, também queda para 47,1 pontos, vindo de 52,1 pontos, além de ser uma semana crucial para o destino do Brexit, mas com expectativas de acordo. Lembrando que indicadores PMI abaixo de 50 pontos evidenciam a contração da atividade.

No mercado internacional, o petróleo WTI negociado em NY mostrava alta de 1,53%, com o barril cotado a US$ 43,07. O euro era transacionado em alta para US$ 1,188 e notes americanos com taxa de juros de 0,86%. O ouro e a prata tinham quedas na Comex e commodities agrícolas com comportamento de alta na Bolsa de Chicago.

Aqui, vamos ver como o Congresso se comporta durante a semana na discussão e votação de pautas importantes e o noticiário envolvendo a prorrogação ou não dos auxílios emergenciais por mais dois ou três meses, como parece querer vingar e vai comprometer o déficit fiscal.

Além disso, temos o orçamento de 2021 que precisa ter direção mais concreta.

Na agenda do dia, nenhum indicador com maior capacidade de mexer com os mercados e vamos ficar ao sabor do noticiário. Mas a semana é curta por conta do importante feriado americano de Ação de Graças, seguido da Black Friday na sexta-feira. Portanto, semana curta e de menor liquidez e, por aqui, com a divulgação do IPCA-15 que deve mostrar boa alta. Expectativa é de Bovespa operando em alta na sessão de hoje, dólar mais fraco e juros ainda tensionados

Alvaro Bandeira
Sócio e economista-chefe do banco digital Modalmais
Fonte: www.modalmais.com.br/blog/falando-de-mercado

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