💰 De olho na economia

No domínio da volatilidade

Uma semana intensa e com muita volatilidade. Após um início de semana dominado pela eminência da falência da segunda maior incorporadora imobiliária da China, que gerou forte queda dos preços dos ativos no mundo, os mercados se estabilizaram como resposta a sinais de que os problemas poderiam ser resolvidos com a intervenção do governo chinês. Entretanto, o fato de que, ao longo da semana, teríamos a decisão sobre taxas de juros pelo banco central americano (Fed), deixou o mercado financeiro em situação de alerta.

Na quarta-feira, a reunião do Comitê de Política Monetária do Fed decidiu manter as taxas de juros entre 0,00% e 0,25% ao ano e manteve o volume de compra de ativos financeiros no mercado inalterado, em R$ 120 bilhões/mês. Entretanto, no discurso que se seguiu à reunião, o presidente da instituição, Jerome Powell, anunciou que o Fed está preparado para começar a reduzir o volume de compra de ativos financeiros no mercado, provavelmente a partir de novembro de 2021, o que significa redução da liquidez internacional. Em um primeiro momento, o anúncio gerou volatilidade, com valorização do dólar, aumento dos juros e desaceleração das bolsas de valores. Entretanto, o movimento foi revertido na medida em que o presidente do Fed sinalizou que a redução será gradual. No final, a semana fechou com forte valorização dos ativos financeiros no mercado mundial e no Brasil.

🚝 Expresso Bolsa

Resumo do dia: Mais um dia de vitória

Continuando os resultados dos dias anteriores, o IBOV teve uma alta de 1,59% nesta quinta, alcançando os 114,1k. Um dos destaques ficou para o otimismo americano frente às notícias do Fed de quarta, levando as suas bolsas a fecharem no positivo. Outro fator foi a apaziguada momentânea na situação da dívida da chinesa Evergrande, que também foi bem recebida pelos investidores que por sua vez impulsionou, por exemplo, os bons resultados das siderúrgicas brasileiras.

Hapvida e SulAmérica (HAPV3 e SULA11): E apita o árbitro!

• Na disputa com SulAmérica, a oferta da Hapvida para a compra da HB Saúde por R$ 650m foi aceita. A conclusão da aquisição ainda está sujeita a finalização dos termos contratuais e aprovações do Cade e ANS;

Disputa encerrada! Com 129k beneficiários de saúde, 25k odontológicos e um conjunto de ativos, como hospital e clínicas; a HB Saúde vinha sendo disputada com a SulAmérica, que ofereceu R$ 563m;

Crescimento no radar! Enquanto para a SulAmérica a compra poderia representar mais um teste no modelo verticalizado, que vem mostrando margens superiores; para a Hapvida ela permitiria ganhar mais notoriedade na região Sudeste. Ao valuation de 23,5x P/L 20, avaliamos a aquisição como positiva ante um múltiplo de 72,1x P/L 20 da Hapvida.

Marfrig (MRFG3): Cade aprova ações da BRF

• O Cade aprovou ontem a compra de 31,7% das ações da BRF pela Marfrig. O movimento de compra inicial ocorreu em maio, quando a empresa comprou 24,2% das ações da BRF. Em junho, a Marfrig aumentou sua participação para 31,7%, e estava a espera da aprovação do Cade;

Só isso? Quando o aumento da participação foi anunciado, a Marcos Molina (dono da Marfrig) ressaltou que pretende ser um investidor “passivo” na BRF, isto é, que não pretende ir atrás de uma fusão ou exercer influência sobre as atividades da empresa;

Será? Apesar do anúncio de Molina, acreditamos que essa passividade possa ser contrariada, e que veremos o próprio frigorífico propor uma fusão com a BRF, o que tornaria a empresa uma gigante do setor, comparável com a JBS. Por ora, manteremos nossa recomendação mais conservadora para as ações da empresa e continuaremos atentos a maiores atualizações.

🌎 Internacional e BDR

O impacto da escassez de chips na indústria automotiva

• De acordo com a empresa de consultoria AlixPartners, a escassez de chips semicondutores deve diminuir a receita global da indústria automotiva em US$ 210 bilhões este ano. A previsão é quase o dobro da projeção de US$ 110 bilhões em maio. Segundo a pesquisa, a escassez deve reduzir a produção mundial de veículos em 7,7 milhões de unidades em 2021 (vs. 3,9 milhões estimados em maio). Apesar do impacto ter sido mais profundo no segundo trimestre de 2021; a escassez deve durar até o segundo trimestre de 2022, já que a indústria está se recuperando mais devagar do que o esperado;

• Contudo, a empresa de consultoria informou que a escassez foi parcialmente compensada pelo aumento da demanda de consumidores e preços em níveis recordes. No entanto, eles citaram outros problemas que vem afetando a indústria, como a falta de funcionários, transporte e outros materiais essenciais.

📊 O que mais aconteceu no mercado

Follow on fechado (VAMO3): A Vamos divulgou ontem a noite o preço por ação do seu follow-on, que será de R$ 16,75 por ação. O valor total da oferta foi de R$ 1,1b e reforça o caixa da empresa, num momento em que a empresa vê uma grande procura pelo serviço de aluguel de máquinas e equipamentos e possibilita que a empresa aumente a sua frota e acelere o seu crescimento;

Será que o 5G vai dessa vez? (Telecom): Nesta sexta vamos ter novamente a sessão para a votação sobre o edital final do leilão do 5G, após o adiamento a pedido do conselheiro Moisés Moreira. Com a adição de alguns decretos e período suficiente para que as cláusulas fossem revisitadas, geram-se expectativas cada vez mais fortes para definição das datas dos leilões;

Apostando em uma nova linha de receita (BRML3): A brMalls realizou a aquisição da Helloo, empresa que veicula propagandas em elevadores de prédios. A compra faz parte da estratégia da empresa de ampliar sua influência ao redor de shoppings da rede e de desenvolver uma nova forma de receita. Com expectativa de receita de R$ 25m em 2021, a Helloo representaria apenas ~2.5% da receita total da brMalls; mas com a taxa de crescimento expressivo este número pode subir para mais de 10%;

Pedra no caminho da Evergrande (3333HK): Para evitar inadimplência, a Evergrande começou a adotar diversas estratégias, entre elas a busca de investidores para realizar um possível aporte de capital. No entanto, o seu segundo maior investidor e parceiro de longa data demonstrou intenções de vender por completo a sua participação. Nas três primeiras semanas de setembro, a Chinese Estates já se livrou de 109 milhões de ações da Evegrande podendo realizar a venda de mais 751 milhões, equivalente a 5,7% da empresa.

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