Os mercados globais sofrem com agravamento de problemas sanitários e incertezas decorrentes, enquanto a renda fixa doméstica consolida expectativas com a política monetária.
Os juros futuros DI recuaram em quase todos os contratos, em pequena proporção, exceto no último (jan/2035), que fechou em expressiva alta, em inclinação positiva a partir de jul/2020, com liquidez expressiva (média diária de 2.040 mil) e quase estabilidade da inclinação positiva medida entre jan/2021 e jan/2023.
A poucos dias da próxima reunião do Copom, os agentes promoveram discretos ajustes nos juros futuros, prevalecendo a expectativa de corte da Selic em 0,25 p.p., com reduzida influência da agenda da semana. A divulgação do IPCA-15 de dezembro (0,71%, em linha com as estimativas) confirmou a tendência já apontada pelas demais prévias de inflação, reportando queda dos preços de alimentos, e o Caged registrou corte de 307.311 empregos em dezembro, mês sazonalmente negativo.
Por outro lado, o extremo da curva refletiu uma maior aversão ao risco global, com valorização do dólar e elevação do VIX.
A curva da NTN-B apresentou sinais mistos e inexpressiva variação conjunta, com alta nos vencimentos curtos e baixa nos médios e longos (a partir de mar/2023).
O retorno médio dos papéis variou de 2,578% para 2,559% (considerando o yield médio da curva em todos os vencimentos), com o maior em 3,574% e o menor em 0,960%; os mais voláteis foram os títulos de ago/2020, ago/2026, ago/2028 e ago/30.
Relatório de Renda Fixa, por Renato Odo, CNPI-P – BB Investimentos
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