Turbulências vão e vem.
Os melhores amigos na busca pela liberdade financeira são o tempo e a constância dos aportes. Conhecendo esses dois fatores haverá poucas opções onde o resultado seja diferente do que o sucesso.
Nossa principal sugestão neste momento é: tenha calma e realize compras com fundamentos, “compre empresas e não papéis”.
Em momentos de pânico, geralmente somos levados a agir por impulso. Sabemos que não é fácil ver o desempenho da carteira caindo de forma intensa, afinal, é o seu dinheiro que está em jogo. O medo de que venham coisas piores cresce e a decisão por impulso, por vezes, acontece de forma precipitada.
Sendo assim, leve em consideração este momento para aprender algumas coisas:
- Tenha sempre um dinheiro no caixa: aquela grana reservada para comprar em momentos de queda.
- Tenha sempre um equilíbrio no portfólio. DIVERSIFICAÇÂO: Renda Fixa e Câmbio ajudam a equilibrar o rendimento da carteira posicionada em Bolsa. O mesmo serve para os fundos, não aplique 100% de seu capital em único fundo.
Agora para acalmar os pavores, saiba que o mercado é cíclico e apesar destes últimos dias estarmos com forte queda, ainda estamos otimistas para o longo prazo.
Este foi o comportamento do Índice Ibovespa em alguns “CAOS” históricos.
- Delação de Joesley Batista: maio de 2017
Queda de -12,17% em 2 dias; Recuperação de 26% em 86 dias.
- Greve dos caminhoneiros: maio de 2018
Queda de -20,24% em 25 dias; Recuperação de 40% em 165 dias.
Eventos passados não são garantia do futuro. As tendências do ano passado já não são as mesmas para este ano. Afinal, ninguém esperava por um coronavírus e muito menos por essa medida da Arábia Saudita que nos leva a uma “guerra de tarifas” pelo preço do petróleo. Portanto a atividade econômica mundial entra em risco e o crescimento esperado daqui para frente também.
Sendo assim, é coerente avaliarmos algumas posições e tendências de modo a se adequar de forma saudável e inteligente ao novo presente. Afinal, para os entendedores, o risco-retorno mudou. Elementos estruturais entram em jogo, como as condições de crédito, o novo modelo de alocação de recursos (juros negativos) e novas surpresas com o coronavirus (fechamento de lojas, escolas, fábricas, etc – ainda é possível).
Entendemos que diante desse cenário, conforme muitos analistas, existe grande chance de o Banco Central reduzir juros, assim como, o dólar pode começar a ganhar mais força. Sendo assim, olhar com carinho posições longas de juros pós-fixado e alternativas baratas de fundos atrelados ao câmbio (dólar) se tornam opções viáveis para proteção da Bolsa.
Esperamos que todos nossos leitores, usufruam deste período para entender que bolsa não vai subir em linha reta, que cultivem a disciplina e a paciência para tomar a decisão correta – que as vezes pode ser simplesmente não fazer nada e esperar essa tempestade passar.
Se você está preocupado com os retornos negativos, nunca é tarde demais para reforçar as posições. Ir comprando aos poucos enquanto o mercado cai, visando retornos só no longo prazo (esqueça a ideia de lucrar já).
Os próximos dias prometem seguir com alta volatilidade e são nestas horas que o controle emocional precisa entrar em jogo. Entenda a nossa insistência pela diversificação, volatilidade é diferente de risco, suas posições defensivas tendem a reduzir maiores perdas e entregar equilíbrio ao portfólio.
Mantenha-se firme, não baixe a guarda e siga aprendendo.
Conte conosco, pois seguiremos com nossa vocação, entregando diversas opiniões em um só lugar, sugerindo o equilíbrio e buscando oportunidades dentro deste mercado que a cada dia nos surpreende.
