A chance de uma previsibilidade maior nos gastos com o socorro a Estados e municípios forneceu alívio às taxas de juros durante a tarde desta segunda-feira, 4, fazendo com que a ponta curta chegasse até a encerrar em queda. A melhora de humor no exterior e dados melhores que o previsto da balança comercial brasileira também serviram de base para esse movimento. Mesmo assim, a tensão política que permeou o sentimento dos investidores pela manhã provocou um viés de alta nos vencimentos mais longos.

No encerramento da sessão regular, a taxa do contrato de Depósitos Interfinanceiros (DI) para janeiro de 2021 mostrava 2,770%, de 2,775% no ajuste de quinta-feira. O janeiro 20222 passou de 3,600% para 3,660%. E o janeiro 2027 foi de 7,400% para 7,500% (mínima).

A precificação de corte de 0,50 ponto porcentual da Selic depois de amanhã (quarta, 6) estava em 65%, enquanto o de 0,75 pp estava em 35%, segundo cálculos do economista-chefe do Haitong Banco de Investimento, Flávio Serrano.

A reversão do sentimento começou por volta das 14h30. Foi quando o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse trabalhar para uma aprovação rápida do socorro aos entes subnacionais. Para isso, ele afirmou que não deve modificar o texto vindo do Senado, que foi aprovado no fim de semana.

Diferente da primeira proposta dos deputados, o texto que passou crivo dos senadores estabeleceu um valor fixo a ser destinado aos Estados e municípios. Governadores ficarão com R$ 30 bilhões (60%) e prefeitos, com R$ 20 bilhões (40%). Mais R$ 10 bilhões serão destinados para a saúde. Serão R$ 7 bilhões para Estados, divididos 60% de acordo com a população e 40% de acordo com a taxa de incidência do coronavírus de cada localidade. Outros R$ 3 bilhões irão para os municípios, considerando apenas o número de habitantes. Como contrapartida, os salários da maioria dos servidores não poderão ter aumento.

“O mercado leu bem o fato de que não vai ter alteração. Surpreendeu um pouco”, relatou um gestor de mesa de juros.

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